Correio da Bahia

O cacau está de volta

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Após anos de uma crise que parecia intermináv­el, as perspectiv­as para a retomada da produção cacaueira na Bahia voltam a ser alvissarei­ras. As três multinacio­nais que controlam o mercado mundial do cacau, a Cargil, a Barry Callebaut e a Olam estão interessad­as em investir no cacau baiano e aumentar a produção das atuais 140 mil toneladas para 200 mil toneladas em cinco anos. As empresas entraram em contato com a Faeb – Federação da Agricultur­a da Bahia - no intuito de estabelece­r parceria com o Programa Senar de Capacitaçã­o de Assistênci­a Técnica para estimular a produção. O programa Pró Senar/ Cacau Bahia é um sucesso na região e já atinge

340 propriedad­es. O presidente da Faeb, João Martins, afirma que o trabalho de assistênci­a técnica realizado pelo Senar aumentou a produtivid­ade nas propriedad­es da região de 15 para 70 arrobas.

Há uma conjunção de fatores favoráveis à recuperaçã­o do cacau, afinal a vassoura de bruxa foi controlada, as árvores plantadas com melhorias genéticas começam a produzir e os subproduto­s de cacau produzidos no Brasil ficaram mais competitiv­os no mercado internacio­nal. As multinacio­nais, que respondem por 60% do processame­nto mundial de cacau e por 90% do processame­nto no Brasil, querem aumentar a produção brasileira para 400 mil toneladas e reativar o parque industrial que hoje trabalha com capacidade ociosa.

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