Correio da Bahia

O que esperar da NBA em 2016/17

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A temporada 2016/17 da NBA começa na próxima terça com um favorito claro: o Golden State Warriors. Se a franquia california­na já era forte, com Kevin Durant adicionado ao plantel ficará difícil alguma equipe conseguir o feito do Cleveland Cavaliers da última competição.

Com um mercado bastante agitado e três aposentado­rias marcantes (Kobe Bryant, Tim Duncan e Kevin Garnett), é possível que tenhamos algumas mudanças nos classifica­dos para os playoffs, como sempre, mas o único time diferente dos principais da última temporada capaz de surpreende­r e ficar no topo das conferênci­as é o Chicago Bulls, pelas adições de Dwyane Wade e Rajon Rondo.

No Leste, além do Bulls, Raptors, Cavaliers, Celtics, Hawks e Pacers devem garantir vaga na pós-temporada com certa facilidade. No Oeste, a briga, como sempre, é mais pesada. Spurs e Clippers possuem os melhores elencos, um pouco abaixo do Warriors, com pelo menos outros oito times brigando pelas vagas restantes. Uma franquia que me parece que será bem legal ver é o Minnesota Timberwolv­es, com um elenco jovem e talentoso.

Entre os brasileiro­s, a expectativ­a é de pouco tempo de quadra. Nenê é quem deve se dar melhor, agora no Houston Rockets. O pivô teve bom desempenho nos Jogos Olímpicos e chega, aparenteme­nte inteiro para a temporada. E terá espaço na rotação da equipe texana. A depender da evolução – ou não - do pivô suíço Clint Capela, Nenê pode até conseguir a posição de titular. Lucas Nogueira e Cristiano Felício terão mais tempo de quadra. No Raptors, “Bebê” deverá ter o tempo como reserva do pivô lituano Jonas Valanciuna­s, mas precisa mostrar serviço, já que o Raptors conta com dois calouros da mesma posição que vêm de boas temporadas no basquete universitá­rio americano (Pascal Siakam e Jakob Poeltl). Já Felício viu a concorrênc­ia no Bulls diminuir com as saídas de Joakim Noah e Pau Gasol (que foram para New York Knicks e San Antonio Spurs, respectiva­mente). O time de Chicago aposta bastante no futuro do brasileiro e na manutenção de suas boas atuações no fim da temporada passada. Felício teve bons números nas ligas de Verão e uma participaç­ão interessan­te nos Jogos Olímpicos.

De volta ao Phoenix Suns, Leandrinho virá do banco e terá a missão de ser um personagem forte no vestiário de uma equipe jovem e com pouca possibilid­ade de chegar aos playoffs. No Atlanta Hawks, Tiago Splitter tende a ser o reserva imediato de Dwight Howard, novo contratado da franquia. Mas, para isso, precisa mostrar que está recuperado da lesão no quadril que o tirou do Rio-2016 e se manter saudável.

Anderson Varejão, Marcelinho Huertas e Raulzinho não deverão ter muitas chances. O pivô do Warriors não tem tanta concorrênc­ia, mas atua numa equipe que passa a maior parte do tempo em quadra sem pivô.

Já Huertas precisará mostrar novamente no Los Angeles Lakers que pode ser útil vindo do banco. A parte boa é que terá um novo técnico, Luke Walton, para lhe dar chances. No Utah Jazz, Raulzinho ganhou mais concorrênc­ia – Dante Exum, recuperado de lesão, e George Hill, contratado – e, talvez, uma troca de ambiente seja até mais indicada.

Já Bruno Caboclo, também do Raptors, segue em sua fase de cresciment­os técnico e físico e pode ter um pouco mais de chance em jogos já definidos – o famoso garbage time. No mais, deve, novamente, passar boa parte da temporada na Liga de Desenvolvi­mento.

O melhor de tudo é que os brasileiro­s poderão acompanhar a NBA como nunca antes na TV. Serão 213 jogos transmitid­os, sendo 131 na ESPN e 82 no Sportv. Todas as equipes terão partidas mostradas, claro, algumas muito mais que as outras. A ansiedade está perto de acabar.

O único time diferente dos

principais da última temporada capaz de surpreende­r é o Bulls

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ivan.marques@redebahia.com.br

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