Correio da Bahia

Revista publica fotos da prisão de Crivella há 26 anos; candidato nega

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ELEIÇÃO NO RIO Candidato que lidera a corrida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB) foi detido e teria sido fichado pela polícia há 26 anos, quando tentou retomar à força, com uso de ameaça, uma propriedad­e da Igreja Universal do Reino de Deus, instituiçã­o da qual hoje é bispo licenciado. O caso foi revelado na edição da revista Veja deste final de semana e aponta que Crivella chegou a ficar um dia na cadeia. O candidato confirma a ação, mas nega que tenha feito ameaças. Em um vídeo, publicado nas redes sociais, ele também disse que não houve prisão, mas ida à delegacia para identifica­ção, um ato, segundo ele, para constrangê-lo e que, por isso, na época processou o delegado por abuso de poder. “Nunca fui preso, nunca respondi nenhum processo. (...) Fiquem tranquilos, eu sou Ficha Limpa”, comentou. O inquérito que trata da tentativa do candidato de retomar uma área da Universal por conta própria ficou, segundo a revista, desapareci­do dos arquivos do Rio por 26 anos. Os registros que indicavam o caso só teriam sido refeitos há seis meses. Como a revista obteve as fotos, o próprio Crivella entregou à publicação a íntegra da peça. A publicação afirma ainda que “nenhuma autoridade” do Rio soube explicar o motivo pelo qual a investigaç­ão policial sobre a detenção de Crivella foi subtraída dos registros da polícia carioca. A assessoria de Crivella divulgou nota sobre o caso assim que a revista divulgou as fotos em redes sociais, anteontem. “Veja traz em sua capa duas fotos do senador Marcelo Crivella identifica­do em uma delegacia em 18 de janeiro de 1990. A explicação é bem menos emocionant­e do que muitos esperam”, diz o texto. “Na ocasião, Crivella, como engenheiro, tentou entrar em um terreno da Igreja Universal que tinha sido invadido em Laranjeira­s (bairro da zona sul do Rio). Na confusão, acabou sendo levado para a delegacia, onde o delegado mandou fazer as fotos para identificá-lo. A única investigaç­ão aberta foi para investigar o abuso de poder do delegado”, conclui o texto. Na última pesquisa Ibope para o segundo turno no Rio, divulgada na quinta-feira passada, Crivella aparece com 46% das intenções de voto, contra 29% do adversário, o candidato do PSOL Marcelo Freixo (PSOL). No levantamen­to anterior, do dia 10 de outubro, Crivella tinha 51% contra

25% de Freixo.

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Revista mostra Crivella ‘fichado’

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