Imunidade exige cuidados especiais
No ano passado, a publicitária Liz Passos, 42, foi diagnosticada com câncer. Passado o choque inicial do diagnóstico, decidiu que faria tudo o que fosse necessário para vencer o linfoma não-Hodgkin. Já na primeira sessão de quimioterapia, o cabelo caiu. Na terceira sessão, estava tão fraca que não conseguia sequer tomar banho. No décimo quarto dia após o início do tratamento, deu entrada na emergência do Hospital Aliança. Além do câncer, precisava lutar com as reações adversas do tratamento que reduzia seu sistema imunológico a quase nada. Liz estava com a neutropenia febril, que é a forma mais severa de neutropenia (que ocorre quando há um nível muito baixo dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco que ajuda no combate das infecções, destruindo bactérias e fungos) e que pode levar os pacientes à morte por infecção.
“Até então, eu nunca havia ouvido falar em neutropenia, precisava usar máscara para falar com as pessoas e precisava fazer exame de sangue todos os dias”, conta. Ainda no hospital, além do tratamento específico para estimular a produção dos glóbulos brancos, Liz teve o acompanhamento nutricional para que o sistema imune voltasse a reagir e o tratamento pudesse ter continuidade.
Em janeiro deste ano, concluiu a quimioterapia e, entre março e abril, iniciou a radioterapia. O tratamento dessa vez teve repercussões ainda mais drásticas, pois levou à infertilidade. Enquanto buscava seguir à risca o arremate do tratamento, ela permaneceu seguindo uma dieta específica e recorreu ao tratamento complementar para facilitar a recuperação: a microfisioterapia, que consiste numa técnica de fisioterapia, que utiliza um princípio básico das ciências biomédicas e que é chamada microfisioterapia ou terapia do toque, uma vez que privilegia a terapia manual para identificar a causa do problema e para estimular o corpo a encontrar a própria cura.
União de tratamentos ajuda a acelerar a recuperação
CUIDADO COMPLEMENTAR Para o infectologista e consultor dos laboratórios Sabin Claudilson Bastos, durante o quadro de neutropenia febril, é fundamental seguir o protocolo recomendado e realizar o internamento imediatamente para evitar o agravamento do quadro clínico do paciente, no entanto, passada a fase mais crítica, é válido aliar os tratamentos convencionais com terapias que ajudem a recuperar a saúde e o bem-estar. “No entanto, vale ressaltar que qualquer técnica complementar – como a acupuntura, microfisioterapia ou qualquer outra – não substitui o tratamento formal e precisa ser feito com um profissional de saúde habilitado”, reforça.
O médico lembra ainda que durante a neutropenia, como há muita sensibilidade do paciente, é importante que o paciente em tratamento evite vacinas, limite o contato com outras pessoas, cuide da alimentação e da hidratação. “Quem visita ou cuida de um