MULHERES DE PEITO
CAMPO ABERTO
De acordo com a hematologista do Núcleo de Oncologia da Bahia(NOB)Liliana Borges, o quadro de neutropenia é diagnosticado quando a contagem de glóbulos brancos fica inferior a 1.500 células por milímetro cúbico. “Além de ser consequência de alguns esquemas mais agressivos de tratamento contra o câncer (drogas mielotóxicas), a doença também aparece quando há infecções causadas por vírus, doenças hematológicas, transplantados de medula óssea, nos portadores de leucopenia”, esclarece a especialista, lembrando que a queda do sistema imune é mais comum na constituição da população negra. Ela lembra que as pessoas mais idosas estão também mais propensas à neutropenia grave. “A medula óssea também envelhece, por isso os idosos ficam mais vulneráveis”, pontua.
A oncologista Clarissa Mathias lembra que o uso de drogas para estimular a produção da medula, no entanto, só é indicado para os pacientes graves, uma vez que se trata de uma medicação cara, embora coberta por planos de saúde e pelo sistema público, desde que haja uma indicação precisa e necessária.
Ela destaca que quando o assunto são as chamadas terapias complementares, em especial o uso dos derivados da Cannabis sativa (maconha), especificamente o THC, que se mostrou importante para controlar náuseas e estimular o apetite em pacientes com Aids e câncer, é preciso ter cuidado e entender que os estudos disponíveis não são conclusivos. O THC permanece proibido no país. A oncologista ressalta que os pacientes oncológicos não contam com um leque muito expressivo de estimulantes de apetite que consiga vencer os efeitos do tratamento quimioterápico e que essa liberação de um outro derivado, o Canabidiol (O CBD está na lista C1 da Portaria 344/98), amplia os estudos e, consequentemente, as possibilidades terapêuticas dos pacientes com câncer. “Esse pode ser o primeiro passo rumo a uma ampliação no leque de recursos terapêuticos da medicina”, completa. Ação digital chama atenção para mulheres fazerem autoexame
A Propeg criou para o Hospital Aristides Maltez e Liga Bahiana Contra o Câncer – LBCC uma ação digital sobre a importância das mulheres fazerem o autoexame das mamas. Intitulada Mulheres de Peito, a iniciativa é ousada e desafia uma das regras mais rígidas das redes sociais, que é a proibição de qualquer imagem que mostre seios de mulheres, mesmo quando é usada em campanhas de saúde. A agência desenvolveu dois cards com fotos de mulheres corajosas que fizeram mastectomia. Com a mensagem “Eu posso mostrar os seios no Facebook”, elas revelam ter vencido a censura das redes da pior forma possível. A assinatura “Autoexame: proibido é não fazer” faz a coroação do conceito da ação. O objetivo é que os usuários se engajem na causa e compartilhem as imagens usando a #mulheresdepeito. A ação conta com a parceria do jornal Correio*