Correio da Bahia

Dona de casa é morta na frente das filhas durante briga entre facções

- JULIANA MONTANHA

ÁGUAS CLARAS A dona de casa Vânia de Oliveira Souza, 41 anos, foi morta vítima de bala perdida após suspeitos passarem atirando na Praça da Mortadela, no bairro de

Águas Claras. Na mesma ação, o entregador de pizza Lenilson Conceição de Oliveira, 24, e Maurina dos Santos Andrade, 48, também foram baleados. Segundo testemunha­s, há no bairro uma disputa entre duas facções rivais - a Katiara e a Caveira - e que os confrontos vêm se intensific­ando nos últimos quatro meses. Policiais militares confirmara­m essa versão. A autoria e a motivação do crime, no entanto, são desconheci­das. Não foram divulgadas informaçõe­s sobre o suposto alvo dos bandidos que passaram em um veículo não identifica­do. O caso será investigad­o pelo Departamen­to de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o cobrador de ônibus Luiz Souza de Jesus, marido de Vânia, ela e duas filhas, de 14 e 17 anos, acompanhav­am o genro até um outro ponto no bairro de Águas Claras quando suspeitos passaram atirando por volta das 21h, na Rua Presidente Médici. Na confusão, Vânia caiu e as filhas imaginaram que ela havia passado mal por conta do susto, mas, ao chegar mais próximo, elas perceberam que Vânia havia sido baleada nas costas. O marido trabalhava na hora do crime e soube da ação pelas filhas. A vítima foi socorrida para o hospital Eládio Lesserre, mas, segundo o marido, teve uma parada cardíaca ainda dentro da ambulância e já chegou à unidade médica sem vida. O entregador de pizza Lenilson também foi socorrido para o hospital Eládio Lasserre, mas seu estado de saúde não foi divulgado. Já Maurina, que foi baleada no abdômen e socorrida por populares para o Hospital Teresa de Liseux, foi atendida e liberada. Segundo um comerciant­e que trabalha próximo ao local do crime, eram dois suspeitos em uma moto que atiraram contra uma pessoa que estava no mesmo beco por onde Vânia passava. “O alvo era um outro homem, mas ela foi na direção de onde ele estava”, contou o rapaz, que preferiu não se identifica­r. Vânia e as duas filhas costumavam levar o genro até uma parte do caminho para a casa dele, porque eram conhecidas no bairro e o local costuma ser perigoso - a SSP-BA divulgou que o efetivo na área é de 43 policiais, em três viaturas. O corpo de Vânia vai ser enterrado na manhã de hoje, no Cemitério de Pirajá. Ela era evangélica e frequentav­a a Igreja Batista do bairro.

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