Suspeita de execução na Cidade de Deus
A declaração de óbito de Leonardo Martins da Silva Júnior, 20 anos, um dos sete mortos após operação policial na comunidade da Cidade de Deus mostra que ele teve ferimentos por objeto “perfuro cortante”. Para o pai dele, o pastor Leonardo Martins da Silva, 45, não há dúvida de que o filho foi executado. “É execução. Ele não tinha apenas ferimento à bala. Ele foi esfaqueado”, afirmou. A madrasta dele reagiu inconformada. “Eu não estou aqui para defender criminoso. Ele era traficante. Mas o policial se formou para fazer o bem. Por que não prenderam?”, indagou Leila Martins da Silva, 50.
Delegado da Divisão de Homicídios, Fabio Cardoso levantou a hipótese de os sete jovens terem sido mortos por milicianos da favela Gardênia Azul. Os dois grupos vinham se enfrentando desde a última quinta-feira. O pai de Leonardo não acredita nessa possibilidade. “O último confronto foi na sexta-feira. Meu filho foi morto na madrugada de domingo, na mata. O Bope estava na mata”, afirmou. Ele disse esperar que seja feita investigação das mortes.
Ontem, a Justiça decretou a prisão preventiva de nove traficantes que participaram dos confrontos com policiais militares na Cidade de Deus no sábado. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) obtiveram os mandados durante o plantão judiciário. Ao todo, são quatro mandados de busca e apreensão na Cidade de Deus e entorno.
Conforme a denúncia, Wagner Andrade Da Silva, o Galé; Carlos Henrique dos Santos, o Carlinhos Cocaína; Leandro de Souza Santos, o Butuca; Edvanderson Gonçalves Leite, Deco; Luiz Augusto Ribeuiro Vilhena, Tomé); Weverton Rodrigo Gon-
Parentes de sete jovens mortos acusam policiais de assassinato