Tricolores elétricos
Festa do acesso conta com trio e empolgação de jogadores e torcida
Atrás do trio elétrico, só não vai quem não subiu! Se tudo acaba em festa na Bahia, imagina quando o seu bicampeão brasileiro retorna ao posto de representante da Série A. Desde 1976, quando o Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar lançou um álbum “Bahia, Bahia, Bahia!”, misturando o hino tricolor com os acordes da guitarra baiana, a canção das arquibancadas virou patrimônio de qualquer festa em Salvador. Ontem não poderia ser diferente.
Como um carnaval fora de época, o hino do Bahia se tornou a única palavra de ordem na capital baiana. Seja em ritmo de axé, samba, arrocha ou sertanejo, já estava decretado que a bonita letra do jornalista Adroaldo Ribeiro Costa era a única música possível no domingo de sol em Salvador. Após a chegada do elenco tricolor na capital baiana, a nação azul, vermelha e branca foi até a Boca do Rio curtir o trio com o cantor tricolor Ricardo Chaves. Cerca de 500 torcedores cantaram com seus representantes do acesso.
As cores estavam no peito e na cabeça. Literalmente no clima da festa, a maioria dos atletas pintou o cabelo com as cores do Bahia. Todos subiram no trio para comemorar. “Sou Bahia até a morte! Somos os únicos baianos garantidos na Série A de 2017! Hoje não quero nem saber o que é futebol. Só o que é ser Baêa! Bora Baêa minha porra!”, afirmou Feijão, quando perguntamos sobre os planos para 2017. “Salvador é nossa. Vamos dominar tudo!”, completou o empolgado jogador, que chegou a cantar ao lado de Ricardo Chaves o hino do Bahia. “Uh, nosso feijão ta caro!”, gritou a torcida.
Hernane Brocador também não queria saber de futebol. Na verdade, ninguém ali queria. “Me falaram que tudo aqui acaba em carnaval. Merecemos essa festa, os atletas merecem, a torcida merece. Hora de comemorar, dançar e só pensar na temporada passada amanhã”, disse Guto Ferreira,