PCC tenta cooptar traficantes no Rio
TRÁFICO DE DROGAS A Polícia Civil do Rio descobriu provas da movimentação do Primeiro Comando da Capital (PCC) - maior grupo criminoso de São Paulo - para expandir seu poder no estado. Em centenas de ligações telefônicas interceptadas, tenta-se cooptar chefes do tráfico cariocas ligados a outras facções, principalmente o Comando Vermelho (CV) para o grupo paulista. Muitos criminosos, cuja adesão é cobiçada pelo PCC, estão presos e negociam seu recrutamento de dentro das prisões. O coordenador desse processo de cooptação para o PCC, segundo a polícia, seria Gledson Fernandes, o Léo Fantasma. O contato entre os criminosos é feito por meio de teleconferências realizadas de dentro da cadeia. Nelas, Léo oferece ajuda com armas e drogas. Exige uma “contribuição” mensal de R$ 400 de bandidos que queiram ser “batizados” na facção. O dinheiro seria para ajudar “irmãos” presos. De acordo com o delegado Antenor Lopes, que coordenou a investigação sobre a expan- são do PCC no Rio, o objetivo da facção paulista é começar conquistando o tráfico em municípios do interior do Rio antes de chegar à capital. O PCC e o CV já deram sinais de disputa violenta em estados do Norte e Nordeste. Em outubro, brigas em Roraima e Rondônia deixaram 18 mortos. No Rio, o CV ainda disputa espaço com o Terceiro Comando e o Amigos dos Amigos (ADA).