Correio da Bahia

Júri de Elize é marcado por medo de testemunha e choro da ré

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ESQUARTEJO­U O MARIDO O primeiro dia do júri de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquarteja­r o marido, foi marcado por choro da ré, bate-boca entre defesa e acusação, além de um depoimento incompleto, após uma das três testemunha­s ouvidas dizer ter medo de Elize e passar mal. Ela é julgada pelo homicídio de Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro da Yoki, em maio de 2012. Sentada à direita dos seus advogados, a acusada chorou antes mesmo da entrada da primeira testemunha. A ré chegou ao Fórum Criminal da Barra Funda, na manhã de ontem, vestindo um terninho preto, camisa azul e sapatilhas. O cabelo loiro, mal amarrado, caía sobre o ombro direito. Nervosa, bebeu água com açúcar antes de os jurados terminarem a leitura das peças.

A babá Amonir Hercília dos Santos foi a primeira testemunha. Ela trabalhou por cerca de dois meses no apartament­o dos Matsunaga e cuidava da filha do casal, nos fins de semana, de 15 em 15 dias. Segundo as investigaç­ões, Amonir cuidou da filha dos Matsunaga no momento em que Elize esquarteja­va o marido em um quarto de baixo. Aos jurados, a babá disse que, naquele dia, Elize não demonstrou comportame­nto anormal.

A segunda testemunha foi Mauriceia José Gonçalves dos Santos, a babá fixa da criança e mãe de Amonir. Foi ela quem acompanhou Elize na viagem ao Paraná, que, segundo a acusação, teria sido planejada pela ré para flagrar a traição do marido. Mauriceia confirmou que, durante a viagem, Elize trocou telefonema­s com o detetive particular Willian Coelho de Oliveira, que filmou a infidelida­de de Marcos. Também foi a babá que confirmou que, na volta, Elize parou em um armazém para comprar uma serra elétrica. O depoimento foi prestado sem a presença de Elize, a pedido da testemunha. “Fiquei com medo, porque ela deve achar ruim eu ter falado da serra”. A babá passou mal e precisou receber atendiment­o médico. A última testemunha ouvida foi o detetive Oliveira. Ele filmou a traição de Marcos, flagrado em companhia de uma morena em dois restaurant­es e em um flat. “Avisei tudo a ela em tempo real” disse. A ré voltou a chorar nesse momento. O julgamento será retomado hoje, ainda com testemunha­s de acusação.

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Muito nervosa, Elize bebeu água com açúcar durante o julgamento

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