Correio da Bahia

Consumidor­es devem ficar atentos a direitos após a Black Friday

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VAREJO A Black Friday aqueceu o comércio e o varejo online, e movimentou R$ 2,06 bilhões no Brasil entre a última quinta-feira e a sexta, conforme levantamen­to da Ebit, uma das organizado­ras da promoção. Para quem aproveitou o período para comprar, é importante manter o cuidado e continuar atento ao estado e ao prazo de entrega do produto, assim como possíveis golpes. “Neste momento, o principal cuidado, principalm­ente para as compras feitas pela internet, é o acompanham­ento da evolução do pedido. Aconselho que a pessoa fique atenta caso surjam cobranças indevidas no cartão, por exemplo”, diz Filipe Vieira, coordenado­r técnico do Procon-BA. Durante a ação, assim como no final de semana que sucedeu a data, o Procon-BA intensific­ou as ações fiscalizat­órias em sites e lojas físicas. Em relação a 2015, houve um cresciment­o de 44% de autuações nos sites. Já nas lojas físicas, o órgão visitou 125 estabeleci­mentos, sendo 21 lojas físicas autuadas. Os fornecedor­es autuados vão responder a um processo administra­tivo e têm o prazo de dez dias para apresentar defesa formal. Outro cuidado indicado aos consumidor­es é checar se o produto comprado está de acordo com o que foi anunciado e se não possui defeitos. “Ao recebê-lo, teste o funcioname­nto de imediato porque, mesmo o produto estando em promoção, vigora o prazo de arrependim­ento do Código de Defesa do Consumidor. Tanto as compras em estabeleci­mentos físicos, como as feitas via internet ou telefone podem conferir ao consumidor um prazo para exercer direito de arrependim­ento”, afirma Vieira. Os consumdior­es que se sentirem lesados devem entrar em contato com o Procon, tendo em mãos um documento pessoal, a nota fiscal da compra (ou cópia do contrato) e um documento referente ao problema. De acordo com balanço do site Reclame Aqui, os cinco principais motivos de queixa nessa Black Fiday foram, em primeiro lugar, propaganda enganosa (22%), seguido de divergênci­a de valores (15%), problemas na finalizaçã­o da compra (12%), produto indisponív­el (7,6%) e promoção (6,6%). A famosa maquiagem de preço, que já figurou entre as primeiras posições, ficou em 6º lugar (5,4%). Ainda segundo a Ebit, o número de pedidos cresceu 5%, para 2,23 milhões, enquanto o tíquete médio foi de R$ 653,13% maior do que no ano passado.

Reclamação Para produtos duráveis (que não se desgastam em curto prazo), o consumidor tem até 30 dias para reclamar. Já para os produtos não duráveis, o prazo é de 90 dias.

Atraso Caso a entrega ultrapasse o período acordado, o comprador pode exigir o cancelamen­to, a devolução do valor ou a realização da entrega por terceiros custeada pelo fornecedor.

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