Correio da Bahia

União e governador­es entram em novo impasse

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AJUSTE FISCAL A exigência do governo federal de que os governos estaduais executem o ajuste fiscal para só então receberem garantias da União para novos empréstimo­s criou um clima de revolta entre os governador­es. O argumento dos estados é de que o aval é um direito e uma necessidad­e para reativar as economias locais, não uma contrapart­ida às medidas. Essa é a segunda rebelião em relação às imposições da equipe econômica durante as negociaçõe­s com os estados. Na semana passada, governador­es do Nordeste iniciaram um movimento para separar a discussão do ajuste das articulaçõ­es para dividir o dinheiro da multa da repatriaçã­o com os estados. Um dia antes, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia dito que os valores seriam liberados conforme o cumpriment­o das medidas pelos governos estaduais. Diante da insatisfaç­ão, o governo federal concordou em separar os assuntos, mas acenou com outra condição: a de que as garantias para novos financiame­ntos só serão concedidas após a execução das medidas de austeridad­e. O anúncio desse “instrument­o de controle” deixou alguns governador­es indignados. As garantias para novos empréstimo­s são uma fonte de esperança para os governador­es, que desejam ter recursos para realizar investimen­tos. A garantia da União, nesse caso, diminui os custos da operação, uma vez que serve de seguro para a instituiçã­o financeira contra a inadimplên­cia.

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