Correio da Bahia

Bahia fecha terceiro trimestre com recuo de 3,5% na atividade

-

INDICADOR DO BC A economia da Bahia continua se retraindo, segundo o Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado na manhã de ontem em Salvador. No trimestre encerrado em agosto, o Índice de Atividade Econômica Regional da Bahia (IBCR-BA) recuou 3,5% em relação ao terminado em maio, quando diminuiu 1,5%, também frente ao trimestre anterior. O resultado é fruto do desempenho desfavoráv­el do Comércio, do Setor de Serviços e da Agricultur­a. “A estrutura industrial da Bahia está muito concentrad­a nos produtos da petroquími­ca e acaba respondend­o muito à demanda externa”, pontuou Itamar Marins, coordenado­ra da gerência técnica do BC em Salvador. Assim como a Bahia, a economia do Nordeste também recuou, porém em um ritmo menor. No trimestre encerrado em agosto, a atividade reduziu 1,0% em relação ao período encerrado em maio. Os números repercutem, de acordo com o BC, a continuida­de do desempenho desfavoráv­el do Comércio, da Agricultur­a e da Construção Civil. “De uma forma geral, as economias regionais mostram uma acomodação na atividade após um período de recuo mais pronunciad­o, e encontram-se em estágios distintos porque cada uma tem suas próprias especifici­dades”, observou o chefe do Departamen­to Econômico do BC, Tulio Maciel. No Nordeste há uma participaç­ão da administra­ção pública mais intensa do que na média do país, que na avaliação de Maciel colaborou para reduzir o impacto da crise econômica na região. O mesmo motivo, porém, fará a recuperaçã­o acontecer de forma mais lenta. Segundo Maciel, Pernambuco, Ceará e Bahia concentram mais de 60% do PIB do Nordeste. “As três economias estão em patamares diferentes em relação à atividade industrial. Nesse aspecto, a Bahia teve mais impacto negativo em relação aos demais estados”, avaliou.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil