O retrato de um país em transformação
O retrato do Brasil de hoje, apresentado na Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de 2015, mostra um país em rápido processo de envelhecimento no presente e um horizonte de dificuldades para os velhos do futuro. Sobretudo no que diz respeito à Previdência Social.
Isto porque a fotografia retrata um número de jovens menor que a de fotografias de anos anteriores. E muitos dos que lá estão retratados estão excluídos do mercado de trabalho. A Síntese de Indicadores Sociais é feita pelo IBGE desde 1998.
Na última década, o número de brasileiros de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham, os chamados “nem nem”, cresceu no país, passando de 22,6% da população nessa faixa etária para 27,4%, ou seja, mais de um a cada quatro. Quando se amplia o grupo etário para 15 a 29 anos, observa-se que o percentual dos que não trabalham, não estudam nem procuram trabalho passou de 12,8% para 14,4% de 2005 a 2015.
Entre eles, há ainda os “nem nem nem nem”, aqueles que também não ajudam nos afazeres domésticos, incluindo aí os cuidados com os filhos. Eles chegaram a 23,8% em 2015.
A proporção dos chamados “nem nem” cresceu 2,5 pontos percentuais em relação a 2014 (20%) e 2,8 frente a 2005 (19,7%). Apenas entre 2014 e 2015, mais de um milhão de pessoas entraram nesta categoria. Já os “nem nem nem nem”, calculados por uma tabulação especial com base nos dados do IBGE, eram 16,5%
Brasil está mais velho e com mais jovens excluídos do mercado