Correio da Bahia

Gerente de boate é agredido após assalto

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SÃO PAULO Após ser vítima de um assalto na manhã de ontem no centro de São Paulo, o gerente de uma boate LGBT Rodrigo Ambrogi, de 19 anos, correu atrás de um dos ladrões, conseguiu imobilizá-lo, mas foi espancado pelo homem a quem pediu ajuda. “Não quero gay brigando na frente da minha casa”, teria dito o agressor à vítima. Ambrogi costuma ir comer um cachorro-quente por volta das 5 horas, pouco antes de fechar o estabeleci­mento. Fez o mesmo na manhã de ontem mas acabou abordado por um grupo que, segundo conta, roubou seu celular. Cercado, Ambrogi chegou a ser agredido pelos assaltante­s. Após perceber que a vítima apresentav­a feridas no rosto, um grupo de jovens que saía da boate cercou os suspeitos e ligou para a Polícia Militar. “Tentamos esperar lá, mas um dos rapazes saiu correndo e Rodrigo foi atrás dele”, contou o estudante Kaique Santos, de 19 anos, que também saiu em disparada. Ambrogi conseguiu deter o suspeito na esquina da Rua Herculano de Freitas com a São Miguel, próximo ao Shopping Frei Caneca. Eram 5h20. Nesse momento, um carro branco saía de um prédio da região, ocupado por um homem, uma mulher e um rapaz. O gerente afirma que tentou pedir ajuda. “O cara simplesmen­te colocou o carro mais para frente, saiu e começou a socar o meu rosto. Eu desmaiei e não lembro de mais de nada”, conta. “Vocês estão fazendo muito barulho a essa hora”, teria dito o homem assim que desceu do veículo, segundo conta a testemunha Santos. “Ele deu uns tapas no assaltante e depois saiu batendo no rosto do Rodrigo”, relata. Em meio a confusão causada pelo morador da região, o suspeito do roubo fugiu.

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