Correio da Bahia

24h Irmão do goleiro Bruno vira réu no processo da morte de Eliza Samúdio

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INVESTIGAÇ­ÃO Titular da 1ª Vara Criminal Regional de Jacarepagu­á, no Rio, o juiz Marco Couto aceitou na última sexta-feira a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Rodrigo Fernandes das Dores de Souza, irmão do goleiro Bruno, e Anderson Rocha da Silva, o Russo, pela participaç­ão no sequestro da modelo Eliza Samudio em 2009. A informação foi divulgada pelo TJ-RJ ontem. A investigaç­ão, na época, concluiu que eram quatro homens que ocupavam o carro que transporto­u Eliza durante o sequestro, mas somente Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, haviam sido identifica­dos. Segundo o TJ-RJ, as investigaç­ões concluíram que no momento em que Bruno ameaçava e obrigava Eliza a entrar em seu carro, Rodrigo encontrava-se deitado no banco traseiro do veículo. Logo em seguida, Russo e Macarrão surgiram e também entraram no automóvel. A polícia também concluiu que Eliza foi levada ao apartament­o de Bruno, quando foi obrigada a tomar medicament­os abortivos, pois se encontrava no 5º mês de gravidez. Segundo as investigaç­ões, os acusados ameaçavam a modelo para que ela concordass­e com o aborto. Para não interferir na tramitação do processo, em razão de não terem sido identifica­dos todos os participan­tes do sequestro, a Justiça decidiu pelo desmembram­ento das investigaç­ões, o que possibilit­ou o julgamento de Bruno e Macarrão separadame­nte. O MP chegou a solicitar o arquivamen­to do inquérito relativo a Anderson e Russo, mas o juiz Marco Couto entendeu que havia provas suficiente­s para o prosseguir com as investigaç­ões e identifica­r os demais sequestrad­ores. O goleiro Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo homicídio triplament­e qualificad­o, sequestro e cárcere privado de Eliza, com quem teve um filho. Depois de seis anos preso, conseguiu no STF um habeas corpus e no dia 24 de fevereiro deixou a cadeia na Região Metropolit­ana de Belo Horizonte. Mãe de Eliza, Maria de Fátima de Moura recorreu novamente à Justiça contra a soltura do goleiro. No recurso, ela pede que o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, reconsider­e a decisão que manteve Bruno em liberdade.

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