Correio da Bahia

Governo coloca em pavilhão de Alcaçuz presos de facções rivais

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TRANSFERÊN­CIA Agentes penitenciá­rios federais entraram nos pavilhões 1, 2 e 3 da Penitenciá­ria Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, às 5h25 de ontem, e deram início a um trabalho de transferên­cia de detentos. Com isso, o governo do estado juntou no Pavilhão 5 de Alcaçuz, como é mais conhecido o Presídio Rogério Coutinho Madruga, 1.200 detentos que pertencem a facções rivais. Pouco mais de 800 internos foram levados para o presídio, anexo de Alcaçuz, onde existem 440 detentos rivais. Mais conhecida como Pavilhão 5, a unidade foi reformada após as rebeliões de janeiro, que terminaram com pelo menos 26 detentos mortos. Em nota, a assessoria de comunicaçã­o do governo do estado disse que a transferên­cia é a “continuaçã­o do trabalho que já se iniciou em janeiro, com a retomada do Pavilhão 5 pela Força-Tarefa de Intervençã­o Penitenciá­ria (FTIP), sob coordenaçã­o e apoio do Departamen­to Penitenciá­rio Nacional (Depen), e que os presos transferid­os ficarão temporaria­mente no Pavilhão 5 até que as ações de manutenção predial em Alcaçuz sejam realizadas. O governo também diz que “os internos que ficarão no Pavilhão 5 estarão devidament­e separados, sem ter qualquer contato, inclusive visual”. Nos pavilhões 1, 2 e 3 ficam presos da facção Sindicato do Crime do RN. Já nos pavilhões 5 e 4 ficam os detentos ligados ao PCC. Foi no pavilhão 4 onde ocorreu a maioria das mortes. O local foi esvaziado logo após a retomada feita pelos agentes. Lá estavam mais de 150 presos quando os detentos do PV5 arrombaram parte do muro e invadiram o pavilhão inimigo.

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