Ação do MPE prende vereador e empresários por fraudes

SUPERFATURAMENTO Um vereador e mais cinco pessoas foram presas, na madrugada de ontem, em Ilhéus, no Sul do estado, em uma operação do Ministério Público Estadual (MPE). A ação foi para desmantelar um grupo que praticava fraudes e superfaturamento em licitações e contratos realizados pela prefeitura. O grupo criminoso atuava desde 2009 e já faturou mais de R$ 20 milhões, segundo o órgão. Denominada Operação Citrus, a ação foi realizada pela 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus com o apoio de grupos do MPE e da Polícia Civil. Foram presos o líder do grupo, Enoch Andrade Silva, dono de cinco empresas envolvidas no esquema, a mulher dele, Thayane Santos Lopes, Wellington Andrade Novais, funcionário de Enoc e laranja nas duas empresas citadas, o contador das empresas de Enoch, Lucival Bomfim Roque, o vereador e ex-secretário de Desenvolvimento Social de

Ilhéus Jamil Chagouri Ocké e o ex-assessor de Jamil que o sucedeu no restante da gestão de 2016, Kácio Clay Silva Brandão. Jamil foi o vereador mais votado de 2016 na cidade. Foram cumpridos ainda seis mandados de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão. O grupo atuava firmando contratos para o fornecimento de bens diversos. “Leite, ovos, achocolatados, biscoitos, frutas e pães são alguns dos materiais que deveriam ir para programas sociais, merenda escolar, além de outras demandas”, disse o promotor Frank Ferrari. Também foi identificada a participação do empresário Noeval Santana de Carvalho em contratos irregulares para merenda escolar. O presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, Lukas Paiva, informou que a operação investiga um período anterior à gestão dele. A prefeitura de Ilhéus disse que as ações não têm relação com a atual gestão.