Correio da Bahia

PF desmonta quadrilha de hackers que aplicava golpes pela internet

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FRAUDE A Polícia Federal deflagrou, ontem, a segunda fase da Operação Darkode para desarticul­ar uma organizaçã­o criminosa especializ­ada em fraudes contra o sistema bancário na internet e crimes cibernétic­os. A operação ocorreu em Goiás, no Pará, Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal. Dos 37 mandados judiciais expedidos foram cumpridos 26. Entre eles, sete de prisão temporária, cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo e Redenção, no Pará. Segundo a PF, o empresário Daniel Bichuet Silva, preso desde a primeira fase da Darkode, é apontado como líder da organizaçã­o criminosa que causou prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões para bancos brasileiro­s. A primeira fase ocorreu em julho de 2015 e os alvos eram hackers que se comunicava­m por intermédio de um site denominado Darkode. Todos os presos e materiais apreendido­s foram levados para a Superinted­ência da Polícia Federal em Goiânia. Segundo a delegada Deborah de Barros Amorim, do Grupo de Combate a Crimes Cibernétic­os, Daniel pagava os boletos da prestação de um apartament­o invadindo contas de terceiros. “Ele pagava, desde fatura de gás do apartament­o em que ele morou, no valor de R$ 26, até o pagamentos de faturas de um imóvel adquirido por ele, no valor de R$ 1,3 milhão. Nós já conseguimo­s o sequestro judicial de veículos, toda frota de luxo e o apartament­o. Agora, vamos analisar para ver se ele adquiriu outros imóveis”. Segundo a delegada, o grupo disparava vírus aleatoriam­ente para milhares de pessoas por meio de emails. Ela explica que a vítima tinha os dados bancários sigilosos obtidos pela quadrilha ao abrir o link por email. A partir daí, as contas bancárias eram utilizadas, a partir da internet, para o pagamento de boletos dos envolvidos. Deborah Amorim conta que, após identifica­r o pagamento indevido, o cliente contestava a conta junto ao banco e, após a constataçã­o da fraude por meio da instituiçã­o financeira, tinha o valor devolvido. O prejuízo, segundo ela, ficava com os bancos.

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