Correio da Bahia

Fim da contribuiç­ão sindical terá resistênci­as, diz relator da reforma

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TRABALHADO­RES O relator da proposta da reforma trabalhist­a na Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN), disse ontem que o fim da contribuiç­ão sindical obrigatóri­a deve ser o ponto do projeto que mais vai enfrentar resistênci­a. Atualmente, o valor, equivalent­e a um dia de salário, é descontado obrigatori­amente, uma vez por ano, dos vencimento­s dos trabalhado­res e repassado às entidades sindicais. “As críticas que tenho lido e ouvido na imprensa referem-se à obrigatori­edade do imposto sindical. Estamos tratando de uma série de outros itens”, afirmou o relator do projeto.

Para Marinho, a mudança não deve enfraquece­r os sindicatos, que serão fundamenta­is para o funcioname­nto de outros mecanismos da reforma, incluindo a previsão de que os acordos coletivos devem ter tanto valor quanto as normas legais.

“Aqueles que têm representa­tividade, fazem os acordos e defendem os interesses dos trabalhado­res, certamente serão financiado­s pelos associados. Aqueles que não têm essa condição vão perecer”, afirmou o deputado.

O relator da reforma prevê que o Projeto de Lei 6787, que modifica 117 pontos da Consolidaç­ão das Leis do Trabalho (CLT), deve ser votado até o final deste mês na Câmara. No Senado, a previsão é que o texto deve ser aprovado entre final de maio e começo de junho, disse Marinho.

O texto da reforma trabalhist­a deve ser votado na Comissão Especial da Câmara amanhã ou quinta-feira, segundo o deputado. Com isso, fica pronto para ser enviado para o plenário.

Pelo cronograma esperado, o projeto entraria em vigor em meados de junho, antes do recesso parlamenta­r.

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