O mercado imobiliário e a crise
O ano de 2016 não foi bom para a construção civil na Bahia e foram lançadas apenas 3,3 mil unidades habitacionais, cerca de 20% menos do que em
2015. Desse total, mais de 70% foram unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida e apenas 800 unidades visavam o mercado não subsidiado. No primeiro trimestre de 2017, foram lançadas apenas 300 unidades habitacionais, todas elas do programa do governo. Mas, apesar dos números ruins, há noticias boas. A primeira é que nos últimos anos se vendeu muito mais imóveis do que se lançou e, com isso, o estoque de imóveis novos, que era da ordem de 18 mil, caiu para 5,6 mil, um nível baixo que não atenderá a demanda quando o mercado reagir. Com isso, já se verifica falta absoluta de imóveis novos em determinadas categoria em alguns bairros, a exemplo de Graça, Pituba, Itaigara e outros. Os números são da Ademi e indago de Cláudio Cunha se a queda nos juros não traz um imediato aquecimento do setor. Realista, Cláudio diz que a queda nos juros é ótimo para economia, mas tem um efeito perverso, pois o comprador que vai financiar seu imóvel tende a adiar a compra esperando que a taxa caia mais ao longo do ano. Já se verificou no 1° trimestre um aumento da procura e da prospecção no mercado, mas a concretização ainda não veio. O presidente da Ademi acha que a retomada no setor só virá no segundo semestre, especialmente se as reformas, trabalhista e previdenciária, forem aprovadas e a incerteza no mercado for menor. Ele lembra que se o estoque cai, os preços ficam mais remunerativos e a falta de oferta em alguns bairros vai esquentar o setor no segundo semestre.