Correio da Bahia

Coreia do Norte diz que pressão dos EUA ‘pode deflagrar guerra’

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ALERTA MUNDIAL As tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte aumentaram ainda mais ontem com demonstraç­ões de força militar de ambos os lados, o que elevou a preocupaçã­o mundial com a possibilid­ade de um conflito. A Coreia do Norte comemorou o aniversári­o de suas Forças Armadas com exercícios de artilharia pesada de longo alcance. Mais de 300 armas foram testadas, em uma aparente demonstraç­ão de força na cidade norte-coreana de Wonsan. De acordo com a agência de notícias da Coreia Do Sul "Yonhap", este foi o maior exercício de tiros realizado até o momento. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, teria participad­o das manobras. As armas têm poder para atingir a capital sul-coreana, Seul, que fica a apenas 180 quilômetro­s dali e é a casa de dez milhões de pessoas.

A 460 quilômetro­s de Wonsan, foram os sul-coreanos que mostraram sua força. Um exercício militar no balneário de Busan teve o apoio dos Estados Unidos e de uma de suas armas mais letais: o submarino nuclear U.S.S. Michigan, que carrega mísseis Tomahawk, de longo alcance. O porta-aviões Carl Vinson também está a caminho. Única aliada da Coreia do Norte, a China enviou um representa­nte do seu Ministério do Exterior ao Japão para discutir com diplomatas da região como evitar um conflito armado que poria em risco a vida de milhões de coreanos dos dois lados da fronteira. Em uma mensagem lida na TV estatal norte-coreana, o Ministério das Relações Exteriores disse que “a pressão americana pode deflagrar uma guerra total”.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump convocou senadores para um encontro na Casa Branca hoje, para apresentar uma solução para a crise. Todos os 100 senadores foram convidados a participar da reunião com o secretário de Estado, Rex Tillerson, o secretário de Defesa, Jim Mattis, o diretor da inteligênc­ia nacional, Dan Coats, e o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto. Normalment­e, as autoridade­s do governo se dirigem ao Capitólio para informar os membros do Congresso sobre temas relacionad­os à política externa e sobre questões de segurança nacional. Em caso de guerra, o presidente precisaria da autorizaçã­o do Congresso para atacar. Mas, por enquanto, o governo diz que ainda prefere uma saída diplomátic­a.

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