Correio da Bahia

Flertando com a energia do rock

- Roberto Midlej roberto.midlej@redebahia.com.br

Depois de dois anos, o show Estratosfé­rica, homônimo ao mais recente álbum de Gal Costa, volta a Salvador nessa sexta-feira, às 19h. Mas, dessa vez, o palco é a Concha Acústica, no lugar do TCA. O espetáculo, apesar de levar o nome do disco, inclui também os clássicos que ficaram marcados na voz de uma das maiores intérprete­s da música brasileira, como Cabelo (Arnaldo Antunes), Brasil (Cazuza) e Pérola Negra (Luiz Melodia). As gerações mais recentes de compositor­es estão representa­das nas canções de Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Criolo, entre outros. “A ideia de cantar músicas de novos compositor­es vem dessa galera nova que curtia o meu trabalho dos anos 70 e que conhece bem minha discografi­a”, disse a cantora ao CORREIO, destacando ainda a “aura” rock’n’roll presente no espetáculo.

nasceu em Salvador, em 1945. Estreou como cantora em 1964, no show Nós, Por Exemplo. Seu primeiro álbum, Domingo, foi dividido com Caetano Veloso, em 1967. Participou do emblemátic­o álbum Tropicália (1968), em faixas como Baby e Parque Industrial.

Foi considerad­a pela revista Rolling Stone brasileira a sétima maior voz da música nacional. Aquele show foi no Teatro Castro Alves, para outro público. Agora é outra fase e estamos preparando a gravação do DVD, em junho. Queria muito fazer o show na Concha, afinal nunca estive aí após a reforma. O TCA é um dos melhores teatros da América do Sul, mas a Concha também é belíssima e tem um público espetacula­r. E a gente canta pra uma plateia que às vezes não pode pagar o ingresso do TCA. Recanto é um disco hermético, embora lindo, muito bonito mesmo. E o show dele fez muito sucesso em Salvador, também com a inclusão de canções de outros discos. O Estratosfé­rica existe graças a Recanto, que era um disco eletrônico, coerente com minha passagem pelo Tropicalis­mo.

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