Flertando com a energia do rock
Depois de dois anos, o show Estratosférica, homônimo ao mais recente álbum de Gal Costa, volta a Salvador nessa sexta-feira, às 19h. Mas, dessa vez, o palco é a Concha Acústica, no lugar do TCA. O espetáculo, apesar de levar o nome do disco, inclui também os clássicos que ficaram marcados na voz de uma das maiores intérpretes da música brasileira, como Cabelo (Arnaldo Antunes), Brasil (Cazuza) e Pérola Negra (Luiz Melodia). As gerações mais recentes de compositores estão representadas nas canções de Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Criolo, entre outros. “A ideia de cantar músicas de novos compositores vem dessa galera nova que curtia o meu trabalho dos anos 70 e que conhece bem minha discografia”, disse a cantora ao CORREIO, destacando ainda a “aura” rock’n’roll presente no espetáculo.
nasceu em Salvador, em 1945. Estreou como cantora em 1964, no show Nós, Por Exemplo. Seu primeiro álbum, Domingo, foi dividido com Caetano Veloso, em 1967. Participou do emblemático álbum Tropicália (1968), em faixas como Baby e Parque Industrial.
Foi considerada pela revista Rolling Stone brasileira a sétima maior voz da música nacional. Aquele show foi no Teatro Castro Alves, para outro público. Agora é outra fase e estamos preparando a gravação do DVD, em junho. Queria muito fazer o show na Concha, afinal nunca estive aí após a reforma. O TCA é um dos melhores teatros da América do Sul, mas a Concha também é belíssima e tem um público espetacular. E a gente canta pra uma plateia que às vezes não pode pagar o ingresso do TCA. Recanto é um disco hermético, embora lindo, muito bonito mesmo. E o show dele fez muito sucesso em Salvador, também com a inclusão de canções de outros discos. O Estratosférica existe graças a Recanto, que era um disco eletrônico, coerente com minha passagem pelo Tropicalismo.