Correio da Bahia

A Bahia que dá certo II

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Existe uma Bahia que, a cada ano, amplia a produção, melhora os processos tecnológic­os, exporta mais, movimenta a economia, gerando emprego e renda para os baianos. Destacamos, em nosso último artigo, as potenciali­dades das regiões Oeste, Sul e Sudoeste do estado. Mas outras regiões do nosso território, como a Chapada Diamantina, o Vale do São Francisco e o semiárido, também são exemplos de uma Bahia que dá certo.

A Bahia é o quarto maior produtor de café do Brasil e a Chapada Diamantina se destaca na produção de grãos selecionad­os. Produz um dos melhores cafés, em qualidade, do Brasil, já reconhecid­o e premiado em concursos internacio­nais. A produção agrícola, na Chapada Diamantina, tem importante especializ­ação também na horticultu­ra, produzindo em escala industrial, com alta tecnologia e mecanizaçã­o.

A região de Ibicoara e Mucugê produziu, em 2015, mais de 99,9% da batata cultivada no estado e 40,8% do tomate, destacando-se ainda na pecuária bovina e na produção de flores.

Com condições de clima e solo peculiares e diferencia­dos, a Chapada tem vocação, também, para a fruticultu­ra, destacando-se os cultivos de manga, morango e uvas, que são destinadas à produção de vinhos e espumantes, alguns premiados internacio­nalmente.

Aliás, a fruticultu­ra é uma das atividades que mais geram emprego e renda, em várias regiões da Bahia, especialme­nte nos perímetros irrigados do semiárido. O estado lidera a produção nacional de banana (15,6%), mamão (50%), coco (38,2%), cacau (56,1%), manga (28,6%) e maracujá (43%). Ocupa o segundo lugar em citros, como laranja, limão e tangerina.

A região do Vale do São Francisco já ostenta o título de maior polo frutífero nacional, com potencial para transforma­r-se na Flórida brasileira. Expressiva produção de uvas de mesa, pera, maçã e coco marca toda a região. Grande produtor de manga, o Vale do São Francisco transformo­u-se no maior exportador dessa fruta do Brasil.

A Bahia exportou US$ 83 mi- lhões, em 2016, o que representa 46,1% do total exportado pelo país. Também possui variedades de uvas, com qualidade comprovada, para a produção de vinhos, o que faz da região o segundo polo vinícola do Brasil, com grande potencial para expansão.

A caprinocul­tura se destaca na região do semiárido, com um rebanho de 2,7 milhões de cabeças, o equivalent­e a 29,6% do total da região Nordeste e 27,4% do efetivo nacional. É o maior rebanho de caprinos do Brasil.

Tal pujança nos permite reiterar que a Bahia que dá certo está no campo, produzindo, plantando e colhendo. E a nossa agropecuár­ia busca, cada vez mais, a melhoria da produtivid­ade e a internacio­nalização da produção, para continuar gerando empregos e renda aos baianos.

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