Correio da Bahia

Senado aprova indicação de Raquel Dodge para chefiar a PGR

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74 VOTOS A 1 A subprocura­dora da República Raquel Dodge teve sua indicação ao comando da Procurador­ia-Geral da República aprovada ontem pelo Senado. Foram 74 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção. O voto é secreto. Raquel irá substituir o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cujo mandato termina no dia 17 de setembro. Antes, na sabatina da Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ), que durou 7h20, Raquel foi questionad­a sobre temas como a Operação Lava Jato, lei de abuso de autoridade, delações premiadas, mas, principalm­ente, ouviu críticas à atuação do Ministério Público Federal em casos envolvendo políticos. “Nenhuma instituiçã­o é imune a erros. E nessa perspectiv­a de que seja dada ampla autonomia para o exercício da função jurisdicio­nal por juízes e membros do Ministério Público, mas contidos os excessos, é que vejo a importânci­a de se aprovar uma lei de abuso de autoridade”, afirmou ela. A divulgação de delações premiadas foi criticada pela futura procurador­a-geral: “É preciso adotar estratégia­s internas para prevenir a utilização indevida dos vazamentos”. Ao tratar da Lava Jato, que tem como alvo 24 dos 81 senadores da Casa, Raquel reafirmou sua intenção de fortalecer a operação, “aumentando, se necessário, as equipes que a vem desenvolve­ndo”. Sobre o foro privilegia­do, Raquel disse que cabe ao Congresso legislar sobre o assunto, mas disse ter simpatia pela proposta que acaba com a prerrogati­va para políticos - o projeto foi aprovado em maio pelo Senado e aguarda votação na Câmara.

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