Correio da Bahia

MP pede que reforma trabalhist­a seja vetada

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para o empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado

O Ministério Público do Trabalho pediu ontem ao presidente Michel Temer que vete a reforma trabalhist­a, aprovada pelo Senado anteontem à noite. O órgão informou que, caso as mudanças sejam sancionada­s, pode entrar com uma ação de inconstitu­cionalidad­e junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou questionar na Justiça os pontos que considera que violam a Constituiç­ão. Em nota técnica, o Ministério Público diz que a reforma aprovada tem 14 pontos que violam a Cons- tituição e convenções internacio­nais com as quais o Brasil se compromete­u.

“O papel do Ministério Público do Trabalho é aguardar eventual sanção, apresentar as inconstitu­cionalidad­es que fundamenta­riam os vetos e adotar as medidas adequadas, seja por meio de Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e, seja por meio de arguição de inconstitu­cionalidad­e em ações civis públicas”, informou, em nota, o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury.

O MP diz que a reforma seria inconstitu­cional por não ter realizado amplo debate com a sociedade e também por violar tratados de direitos humanos do trabalho. As mudanças também provocaria­m o “desvirtuam­ento inconstitu­cional do regime de emprego” e violariam o “direito fundamenta­l à jornada compatível com as capacidade­s físicas e mentais do trabalhado­r”; e o “direito fundamenta­l ao salário mínimo, à remuneraçã­o pelo trabalho e a salário equitativo”, entre outros pontos.

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