Salvador entre as mais inovadoras
Nos últimos três anos, Salvador evoluiu 14 posições no ranking Connected Smart Cities, da Consultoria Urban Systems, especializada em análise de dados e levantamento de tendências em mercados. Como consequência direta do lançamento dos editais de inovação da prefeitura e da realização do seminário Salvador – Cidade Inovadora, bem como da agenda de eventos sobre inovação que devem ocorrer na capital até o final de 2017, Salvador poderá se destacar ainda mais nos índices que medem a eficiência das smart cities.
Este ano, o resultado da pesquisa, divulgado em junho passado, mostrou que Salvador ficou na 17ª colocação na tabela geral de capitais mais inteligentes do Brasil. No ano passado, foi a 18ª e, em 2015, primeiro ano da medição, ficou em 31º.
Em outras áreas avaliadas no estudo, que analisou 73 indicadores em 11 setores – mobilidade, urbanismo, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança, educação, energia, meio ambiente, saúde, segurança e economia -, a cidade avançou em relação ao último ano.
É o caso de empreendedorismo, que avalia o número de empresas e polos tecnológicos. Nessa área, Salvador cresceu mais sete posições, ficando com o 6º lugar, em comparação a 2016.
No setor de mobilidade e acessibilidade, onde são levados em conta a proporção de carros para ônibus, o número dos coletivos por habitante, a idade média da frota, o número de ciclovias, a quantidade de voos semanais, o transporte rodoviário e a acessibilidade para cadeirantes nas vias públicas, houve um salto de 20 posições e a cidade alcançou o 7º lugar.
Outro incremento ocorreu na área de educação, com o município ocupando quatro posições à frente em relação a 2016, indo da 24ª para a 20ª colocação. Em 2016, a capital foi considerada a 10ª cidade do país que obteve maior destaque em inovação e tecnologia, ocupando também a 26ª posição no eixo inovação.
Na última edição da pesquisa, foram avaliados 500 municípios brasileiros. En- volvendo empresas, governos e entidades públicas e privadas, o Connected Smart Cities une empresas de serviços e tecnologia de ponta, com especialistas, prefeituras e demais interessados em otimizar as cidades brasileiras, buscando soluções inovadoras para as demandas da população. A intenção é que os municípios do país se tornem mais inteligentes e conectados entre si e com os seus moradores, aproximando-se dos indicadores das smart cities mundiais. Durante o seminário Salvador – Cidade Inovadora, que acontece amanhã, das 8h às 19h, no auditório do Senai Cimatec, em Piatã, a prefeitura fará um mapeamento das práticas inovadoras que já existem na cidade.
Os debates programados serão sobre práticas atuais de empreendedorismo em Salvador e o que é necessário para impulsionar essa área na cidade. Para estimular as ideias do público, duas perguntas serão feitas durante a dinâmica: o que estou fazendo para fomentar o empreendedorismo? e o que a cidade precisa para impulsionar o empreendedorismo?
O seminário Salvador – Cidade Inovadora é uma realização da Prefeitura Municipal de Salvador, com o apoio do CORREIO e Sebrae, e organização do Senai Cimatec. O evento é direcionado para gestores públicos, empresários, universidades, incubadoras, investidores de risco, startups, pesquisadores e coworkings.
Segundo Ana Tereza Mota, do Senai Cimatec, além do mapeamento das práticas de inovação locais, o seminário tem ainda como objetivos conhecer e contextualizar práticas de sucesso na promoção do empreendedorismo e inovação em cidades brasileiras e de outros países; mobilizar os atores do ecossistema de inovação e empreendedorismo em Salvador; colher sugestões que contribuam para tornar a cidade mais empreendedora e inovadora; e prospectar oportunidades no setor.
O credenciamento dos participantes começa às 8h de amanhã, no local do evento. A abertura do seminário será às 8h30, com a presença do prefeito de Salvador, ACM Neto, e de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Secis, do Senai, Sebrae e Rede Bahia. A primeira palestra do dia será do engenheiro e economista Rodrigo Martins, que vai falar sobre as causas que inibem o Brasil em desenvolver o seu potencial inovador.