Furacão Maria castiga o Caribe com ventos de até 260km/h
FÚRIA DA NATUREZA O furacão Maria atingiu ontem a categoria 5, a mais forte na escala que mede a força dos ciclones, e assolou as ilhas do Caribe que mal se recuperaram da passagem do Irma, há algumas semanas. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC), dos Estados Unidos, os ventos chegaram a 260km/h. A ilha mais afetada foi a Dominica, que pertence à França, onde até o momento foram registrados cinco mortos. As autoridades locais, no entanto, acreditam que esse número de vítimas vá aumentar, pois o Maria devastou completamente o país, "não deixando nada de pé", informou ontem o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit, que teve de ser resgatado pelos bombeiros após a fúria do ventos arrancar o telhado de sua casa. Em Guadalupe, também possessão francesa no Caribe, uma pessoa morreu e duas estão desaparecidas. Na ilha, 40% da população, cerca de 80 mil casas, está sem energia. Alertas vermelhos foram disparados também em San Martín, que ainda tenta se recuperar dos estragos do Irma e já teve prédios e casas destruídos novamente pela passagem do Maria; além de Porto Rico (Estados Unidos) e Ilhas Virgens (possessão britânica). O primeiro-ministro de Dominica usou sua conta no Facebook para manifestar o receio de que haja mais confirmações de pessoas mortas e feridas além das cinco registradas até ontem. Antes de divulgar que já estava à salvo, ele chegou a mandar alertas pela rede social, avisando que sua casa estava inundando e que os “ventos varreram os telhados das casas de quase todas as pessoas da vizinhança. O telhado da minha própria residência oficial foi um dos primeiros a sair voando", disse Skerrit. O premier acrescentou que não se sente preocupado com os danos físicos causados pelo furacão, embora não tenha restado nada em Dominica, mas que sua prioridade era "resgatar as pessoas e assegurar assistência médica aos feridos". Ao longo do dia, os cidadãos de Dominica tentaram conseguir alimentos. O aeroporto e porto estão fechados.