Correio da Bahia

Uillian Correia critica árbitro de vídeo

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A introdução do árbitro de vídeo na próxima rodada do Brasileirã­o não foi bem aceita por alguns jogadores na Toca do Leão. Na opinião do volante Uillian Correia, a Confederaç­ão Brasileira de Futebol (CBF) errou ao decidir implantar a tecnologia a partir da 25ª rodada.

“Sou a favor do árbitro de vídeo, mas não agora, com o campeonato em andamento. Para o ano que vem, eu sou a favor”, afirmou o volante, que será titular do Vitória contra o Atlético-MG, domingo, às 19h, no estádio Independên­cia, em Belo Horizonte.

“Vi uma entrevista do Cuca (técnico do Palmeiras) ontem e vou pelo que ele falou: mais uma lambança do futebol brasileiro. Colocam com o campeonato em andamento, ninguém falou em regra nem nada. Isso seria bom para o ano que vem, mas parece que vai ser mais uma coisa que vai dar o que falar até o final do ano”, opinou Uillian Correia.

A CBF decidiu implantar o árbitro de vídeo no Brasileirã­o depois que o atacante Jô marcou com o braço o gol que deu o triunfo por 1x0 ao Corinthian­s contra o Vasco, no último domingo, no Itaquerão, em São Paulo.

“Me preocupa porque quando tiver um erro, um lance duvidoso, quantos jogadores vão para cima do ár- bitro? Quando tempo vai se perder? Quando vai poder usar o vídeo? Ninguém falou nada. Futebol precisa ter as regras bem claras”, afirmou.

Com 26 pontos, o Vitória é o vice-lanterna do Campeonato Brasileiro. O primeiro time fora da zona de rebaixamen­to é o Bahia, em 16º lugar, com 27 pontos. Demorou dois dias, mas o atacante Jô reconheceu que o gol da vitória do Corinthian­s sobre o Vasco, em jogo válido pela 24ª rodada do Brasileirã­o, saiu após a bola bater em sua mão. Após “avaliar o lance em casa”, o atacante fez questão de reforçar que não teve qualquer intenção de tirar vantagem na jogada e que não poderia repetir o fair play de Rodrigo Caio por se tratar de uma situação diferente.

“Não tinha visto a imagem do gol. Chegando em casa, vi que a bola tocou no braço. Mas quero deixar claro que não quis trapacear. Os 19 gols que fiz no ano foram com suor e dedicação. Não tive intenção de colocar a mão na bola”, disse o jogador em entrevista coletiva realizada no hotel onde o Corinthian­s está hospedado para o jogo com o Racing, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.

Além da polêmica do gol, Jô também foi muito questionad­o pela ausência de fair play no lance. Em abril deste ano, o jogador foi um dos pivôs da jogada que marcou o são-paulino Rodrigo Caio Na ocasião, o zagueiro avisou ao árbitro Luiz Flávio de Oliveira que ele havia pisado na perna do goleiro Renan Ribeiro, isentando seu adversário. O fato fez o juiz cancelar o cartão amarelo que suspenderi­a o atacante corintiano.

“Assim como aplaudi a atitude do Rodrigo Caio, muita gente queria ver uma atitude igual. Foi uma situação diferente. Me atirei na bola, não fiz movimento de jogar a mão primeiro. Muitos queriam que eu falasse que coloquei a mão. Se tivesse acontecido isso, eu falaria”, disse Jô.

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Uillian Correia é contra a utilização de árbitro de vídeo na próxima rodada

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