Correio da Bahia

Governo tenta evitar rebelião na base após ataque de Maia

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ARTICULAÇíO Após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusar o PMDB e o governo de dar uma “facada nas costas” do DEM, o presidente Michel Temer assumiu ontem mesmo a articulaçã­o para tentar contornar a insatisfaç­ão na base. Horas depois de chegar de Nova York, onde participou da Assembleia-Geral da ONU, Temer reuniu auxiliares e disse que marcaria uma conversa com Maia para resolver o problema e conter a rebelião. As declaraçõe­s do presidente da Câmara foram feitas no momento em que Temer precisa de apoio parlamenta­r para barrar a segunda denúncia contra ele no plenário. O desabafo de Maia foi feito após o assédio do PMDB a parlamenta­res do PSB que estavam prestes a ingressar no DEM. O partido de Temer conseguiu, recentemen­te, filiar o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB). Pelo menos outros seis deputados do PSB, que estavam em negociação para migrar para o DEM, foram procurados pela cúpula peemedebis­ta, enfurecend­o Maia. O Planalto, porém, viu nas declaraçõe­s raivosas do presidente da Câmara algo muito além do simples desabafo. Anteontem, ele jantou na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). O jantar reuniu, ainda, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Braga (PMDB-AM), todos críticos do governo. Na noite de ontem, Maia jantou com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). A aproximaçã­o do presidente com o tucano é vista como um gesto para a eleição de 2018.

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Maia reclama de ações do PMDB

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