Correio da Bahia

Um ano perdido

- Bruno Queiroz bruno.queiroz@redebahia.com.br

O zagueiro Jackson passou, ontem, por mais uma cirurgia no joelho direito, o mesmo operado no dia 22 de maio. O defensor do Bahia tinha o joelho valgo, uma deformidad­e que, popularmen­te falando, deixa a articulaçã­o “inclinada para dentro”. Ele não joga mais em 2017.

Jogar, por sinal, foi algo que Jackson pouco conseguiu fazer neste ano. Titular absoluto do Bahia em 2016, o zagueiro disputou apenas oito partidas na atual temporada. Lesionou o joelho no início em março, ficou um mês afastado, voltou aos campos em abril e se machucou de novo. A última vez que entrou em campo foi no Ba-Vi da final do Campeonato Baiano, no dia 7 de maio.

Após idas e vindas entre o campo, o departamen­to médico e a academia do Fazendão, o clube levou o jogador para ser consultado em São Paulo, onde fez a cirurgia.

O médico Luiz Sapucaia, do Bahia, explicou o procedimen­to do departamen­to médico do clube no caso. “O caso dele é mais complexo. Teve uma hérnia, lesão no menisco lateral muito ruim, que foi operado, mas agrava pelo desgaste da cartilagem por conta do joelho valgo. Por mais que trate convencion­almente, a dor vai persistir. Só dois caras no Brasil têm experiênci­a com esse tipo de cirurgia: Moisés Cohen é um deles e Renê Abdalla o outro. Indicamos a ele que os procurasse para ouvi-los”, esclareceu.

Jackson escolheu o médico Renê Abdalla, o mesmo que operou o meia Ganso, atualmente no Sevilla, da Espanha. O procedimen­to foi feito no Instituto do Joelho HCor.

Segundo Sapucaia, a previsão de retorno do atleta não é nada otimista. “Imagino seis meses (de recuperaçã­o), e pronto para jogo talvez de oito a nove meses. Essas coisas acontecem. O que ele tem não é conseguido com trauma, é uma deformidad­e do joelho que, no caso dele ser atleta, sofre muito mais dor”.

Jackson tem 27 anos e contrato com o Bahia até dezembro de 2019. Sem ele em atividade, Lucas Fonseca se firmou na zaga tricolor ao lado de Tiago nesta temporada. Os dois serão titulares mais uma vezes diante do Fluminense, domingo, no Maracanã.

O tricolor baiano e o carioca têm 38 pontos no Brasileirã­o e estão, respectiva­mente, em 12º e em 13º lugar. Pela primeira vez desde a reapresent­ação após o Ba-Vi, Paulo Cézar Carpegiani testou a equipe que deve colocar em campo contra o Fluminense neste domingo, às 16h, no Maracanã. A principal novidade é a presença do meia Régis, no lugar do suspenso Mendoza.

Também ausente, mas por conta de uma lesão, Edson viu sua vaga ser ocupada por Juninho. Na lateral esquerda, mesmo tendo Juninho Capixaba novamente à disposição, após cumprir suspensão, Carpegiani resolveu manter Matheus Reis, que foi titular no clássico.

A equipe treinou com Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Júnior e Juninho; Allione, Régis e Zé Rafael; Edigar Junio. O esquema utilizado durante a atividade foi o 4-2-3-1. Como de costume, Carpegiani parou bastante o treino para dar orientaçõe­s. O meia Vinicius desceu para o campo e treinou normalment­e.

Jackson passa por outra cirurgia no joelho direito e só voltará em 2018

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Zagueiro Jackson sofreu com o joelho direito nesta temporada
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