Terapia nutricional pode ser solução, diz especialista
A solução para evitar a desnutrição hospitalar, de acordo com o estudo do professor Dan L. Waitzberg, envolve diferentes aspectos: é importante uma avaliação nutricional nos hospitais para que a condição seja detectada logo no início e comece uma suplementação oral, se for necessário – a chamada terapia nutricional, que é escolher os melhores alimentos ou forma de nutrir o paciente. “A nossa primeira opção é sempre comer, mas se o paciente não consegue, o suplemento é a segunda opção”, diz o médico.
Nem todos os pacientes vão precisar da terapia nutricional. “Um paciente com apendicite que vai ter alta em dois dias provavelmente não vai precisar. Se for alguém que tem 50 kg e mede 1,90 cm e fizer a mesma cirurgia, a coisa pode mudar porque a reação à cirurgia vai ser pior”, diz o médico Joaquim Paulo.
De acordo com a fonoaudióloga Thais Titonel, coordenadora da EMTN do Hospital Geral Roberto Santos, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), por exemplo, todos os pacientes costumam precisar da terapia nutricional.
“Na avaliação, são identificados os pacientes que têm risco e os que não têm, que são reavaliados a cada semana. A gente trabalha com educação permanente, para capacitar todos os profissionais. Tem que envolver os enfermeiros, falar sobre a importância de colocar certo os acessos, de cumprir o que diz o nutricionista e o médico tem que estar presente. Tudo precisa ser feito em equipe para dar certo”.