Correio da Bahia

Estradas ruins afetam indústria da Bahia

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92ª BR-101 (BA) - Teófilo Otoni (MG) Rodovia BR-418 (Regular)

95ª Curvelo (MG) - Ibotirama (BA) Rodovias BA-030/BR-030, BA-160, BR-122, BR-135, MG-122/ BR-122 (Regular)

103ª Teresina (PI) - Barreiras (BA) Rodovias BR-020,

BR-135, BR-235, BR-343, PI-140, PI-141/ BR-324, PI-361 (Ruim)

109ª Natividade (TO) - Barreiras (BA) Rodovias BA-460, BA-460/BR-242, TO-040, TO-280 (Péssima) As más condições das rodovias que cortam a Bahia se tornam um entrave não só para o agronegóci­o, mas também para a indústria. “Nós temos um problema grave que é a questão da manutenção das estradas federais, que são responsáve­is pelo escoamento da produção industrial baiana. A rodovia é a espinha dorsal da indústria”, afirma Marcelo Galindo, coordenado­r do Conselho de Infraestru­tura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

Mesmo as estradas baianas estando piores do que a média nacional, Galindo é otimista e acredita que a situação não é tão ruim, por não estar “tão fora do padrão nacional”. Ainda assim, ele critica a falta de manutenção e chama a atenção para o caso da BR-242, no Oeste. “Ela é uma rodovia federal que carrega boa parte da produção de grãos do Oeste para escoar para os outros estados, ou para a capital. O tráfego ficou muito pesado e a rodovia não recebe a manutenção necessária”, diz.

O impacto é percebido diretament­e pelas empresas do Polo Petroquími­co de Camaçari. De acordo com o superinten­dente-geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari - Empresas do Polo Industrial (Cofic), Mauro Pereira, a inadequaçã­o das rodovias encarece os produtos.

O presidente da Confederaç­ão da Agricultur­a e Pecuária do Brasil e do Sistema da Federação da Agricultur­a e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, considerou que a eficiência do sistema agropecuár­io é reduzida com a situação das rodovias.

“Somos extremamen­te eficientes da porteira para dentro. Produzimos cada vez mais, produtos de melhor qualidade, com preços competitiv­os e respeitand­o a sustentabi­lidade. No entanto, essa eficiência quase que se perde no percurso de saída dos nossos produtos para os portos, para chegar aos centros consumidor­es”, lamenta.

O CORREIO procurou a Secretaria de Infraestru­tura e Obras Públicas (Seinfra) e a Secretaria de Comunicaçã­o (Secom), ambas do governo do estado, para falar sobre a situação das rodovias estaduais, mas não obteve resposta.

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