24h PF vai investigar drone que parou aeroporto
CONGONHAS A Polícia Federal informou, ontem, que vai abrir inquérito para identificar o responsável pelo drone que paralisou o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, na noite de anteontem. O aparelho controlado por rádio sobrevoou a pista de pouso e interrompeu pousos e decolagens entre as 20h15 e 22h25. O incidente parou o aeroporto por duas horas. A Polícia Militar (PM) foi acionada para tentar localizar o objeto e seu operador, sem sucesso. Diversas aeronaves que iriam descer na capital paulista foram desviadas para outros aeroportos como Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. Segundo a delegacia de polícia do Aeroporto de Congonhas, a situação se normalizou ainda na madrugada, mas reflexos foram sentidos ainda na manhã de ontem, com atrasos e cancelamentos de voos. De acordo com as companhias aéreas, vários clientes foram direcionados para hotéis da região. A companhia aérea Latam (atinga TAM) informou que nove voos foram cancelados e 13 desviados para cidades como Campinas, Guarulhos, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro. Em maio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou o regulamento para o uso de drones no Brasil. Segundo o documento, a utilização dos aparelhos em desacordo com a norma implica em processos administrativo, civil e criminal. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), não existem tecnologias, como radares, capazes de impedir a entrada de drones no espaço dos aeroportos. A FAB informou que esses equipamentos são proibidos a uma distância mínima de 9 quilômetros do aeródromo, incluindo as zonas de aproximação e decolagem.