Salário de quem tem nível superior é três vezes maior
Trabalhador baiano ganha abaixo da média nacional, diz IBGE
“Estude para melhorar de vida”. Quem já ouviu e segue esse conselho de mãe está se saindo melhor no mercado de trabalho. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), na Bahia, um trabalhador que tem ensino superior recebe um salário três vezes maior que os colegas sem graduação. A desigualdade é maior que a média nacional, onde a diferença é de 2,5 vezes. O estado tem os menores salários e as mulheres ganham 15% menos na comparação com os homens.
Os dados são referentes a 2016. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontou que, na Bahia, o rendimento do trabalhador é de R$ 1.352. Esse é o quarto pior valor nessa categoria dentre os 26 estados e o Distrito Federal. A quantia é 37% menor que a média nacional (R$ 2.149) e abaixo da média do Nordeste (R$ 1.427). O resultado deixa os baianos acima apenas de Alagoas (R$ 1.332), Piauí (R$ 1.315) e Maranhão (R$ 1.157).
FORMAÇÃO
Para quem investiu na formação e fez um curso superior, o rendimento é um pouco melhor, mas ainda está abaixo da média do país. Esses trabalhadores ganham R$ 3.813, quando no Brasil a média é de R$ 5.189. O valor é o 5º pior salário do país para pessoas graduadas. Na Bahia, só 694 mil (11%) dos 9 milhões de trabalhadores do estado concluíram o ensino superior, segundo dados do IBGE. Havia ainda outros 275 mil (4%) pessoas no mercado de trabalho com o ensino superior incompleto em 2016.
Para a analista do IBGE Mariana Viveiros, a pesquisa mostra que concluir a graduação faz diferença no mercado de trabalho, mas aponta também que na Bahia se paga mal aos trabalhadores, independente de formação.
“Os números mostram que a Bahia está abaixo da média nacional e ocupa lugares no ranking abaixo de estados considerados menos desenvolvidos. A crise de 2016, de certa forma, foi responsável