Alckmin afirma que PSDB vai apoiar a reforma da Previdência
SÃO PAULO O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, ontem, que a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer terá o apoio de seu partido, o PSDB. Sem dizer quantos dos 43 deputados tucanos votarão a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera, entre outras coisas, a idade mínima para o brasileiro se aposentar; nem se vai interferir nessa decisão, Alckmin passou a defender com mais ênfase o projeto, citando os valores médios pagos hoje pelos sistemas público e privado como estratégia para explicar que é preciso combater privilégios. “O INSS tem déficit de R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões para 32 milhões de aposentados. Ninguém ganha mais de R$ 5 mil e a média é um salário mínimo e meio. Mas o déficit do setor público é preocupante. Tem déficit de mais de R$ 80 milhões para menos de um milhão de aposentados e pensionistas, com salários muito elevados. É o Robin Hood às avessas e, por isso, tem que ser corrigido”, disse o governador em entrevista a uma rádio paulista. O tucano, no entanto, ressaltou que a PEC não será facilmente aprovada pelo Congresso, já que, por ser emenda constitucional, precisa de 308 votos. “Mas a proposta terá o apoio do PSDB. Nós vamos apoiá-la”. Na quarta-feira, o governador já havia afirmado que o PSDB iria apoiar a reforma da Previdência sob qualquer circunstância, em referência a uma eventual saída da sigla da base governista. Durante a entrevista, Alckmin não quis falar como presidente do PSDB. “Se assumirmos, será só no dia 9. Antes disso não tem conversa como presidente do partido com o presidente Temer”, completou. Hoje, o governador de São Paulo e o presidente da República se encontrarão no interior paulista em dois eventos de entrega de moradias populares construídas com recursos do Minha Casa Minha Vida (programa federal) e Casa Paulista (programa do governo estadual).