Correio da Bahia

Quando 0,1% é muita coisa

- Donaldson.gomes@redebahia.com.br

Com o terceiro cresciment­o consecutiv­o, a economia brasileira deixou de uma vez por todas a recessão para trás. O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre encerrado em setembro foi de 0,1%. Ainda longe do ritmo sonhado, mas positivo. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB avançou 1,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE). Foi a maior expansão em um intervalo de 12 meses, desde o primeiro trimestre de 2014.

Ainda segundo o IBGE, o PIB do terceiro trimestre do ano totalizou R$ 1,641 trilhão em valores correntes, sendo R$ 1,416 trilhão referente ao valor adicionado e R$ 225,8 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O consumo das famílias subiu 1,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o consumo das famílias brasileira­s mostrou alta de 2,2%.

Os gastos do governo, por sua vez, caíram 0,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o consumo do governo caiu 0,6%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimen­tos do setor privado, subiu 1,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, a FBCF mostrou queda de 0,5%.

Ainda segundo o instituto, a taxa de investimen­to (FBCF/PIB) ficou em 16,1% no terceiro trimestre de 2017.

SETORES

O PIB da indústria subiu 0,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB da indústria mostrou alta de 0,4%.

Já o PIB da atividade de serviços subiu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre.

A alta de 1,0% no PIB de serviços ante o terceiro trimestre de 2016 foi a primeira desde o quarto trimestre de 2014. Na comparação com o ano anterior, o PIB de serviços mostrou alta de 1,0%.

No sentido contrário, o PIB da agropecuár­ia caiu 3,0% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, mas na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB da agropecuár­ia revelou uma alta de 9,1%.

O comércio e a indústria de transforma­ção exibiram alguns dos melhores desempenho­s no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre deste ano. O comércio cresceu 1,6% no terceiro trimestre ante o segundo, enquanto a indústria de transforma­ção avançou 1,4%. As atividades imobiliári­as subiram 0,9%.

Já as indústrias extrativas cresceram 0,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, mesma alta registrada pelos segmentos de outras atividades de serviços e administra­ção, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social.

A indústria de transforma­ção avançou 2,4% no terceiro trimestre de 2017 ante o terceiro trimestre de 2016, com destaque para as atividades de alimentos, veículos, máquinas e equipament­os, eletrônico­s e móveis.

As indústrias extrativas cresceram também 2,4%, puxadas pela extração de minérios ferrosos. O setor de produção e distribuiç­ão de eletricida­de, gás e água aumentou 0,2% no período. Por outro lado, a construção teve uma retração de 4,7%.

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