Por um triz
“Por pouco, o pior não aconteceu.” O relato é de João Francisco de Almeida, 57 anos, dono de uma banca de verduras próximo ao Armarinho Suzi, que desabou parcialmente na manhã de ontem, sem deixar feridos, na Rua do Cabeça, no bairro do Dois de Julho.
O pior não aconteceu graças ao proprietário da loja, Helvison da Silva Quadros. Menos de cinco minutos antes do desabamento e após perceber estalos na estrutura, ele pediu que funcionários e clientes - cerca de 20 pessoas - saíssem do local.
O imóvel, de responsabilidade do proprietário, fica ao lado de uma obra em andamento, com alvará de construção válido até 2021 (veja mais lado). A obra foi interditada para a realização da perícia.
Com o desabamento, por volta das 9h30, o armarinho ficou sem a fachada e sem parte da lateral. O dono, que não quis dar entrevistas, disse à Codesal que já não utilizava o terceiro e último andares do casarão desde um incêndio num prédio vizinho.
O diretor-geral do órgão, Sósthenes Macêdo, explicou que, há dois anos, a estrutura do armarinho foi atingida pelas chamas de um incêndio ocorrido no local onde hoje é a obra vizinha. “Ao que tudo indica, a parte da parede que cedeu (ontem) era a que estava sem o reforço de vigas de metal”, disse o diretor.
CORRERIA
Segundo comerciantes da região, foi uma correria quando os estalos do prédio foram percebidos pelo dono do armarinho. “O que sabemos é que na hora, quando faziam uma escavação na obra, abriu um buraco no chão e a parte da parede cedeu, seguido de uns estalos na estrutura do armarinho. Foi quando o dono do comércio mandou todo mundo sair correndo”, contou João Francisco.
Proprietário de uma loja de tecidos na região, José Nascimento, 59, disse que, no horário em que aconteceu o aciden-