Confusão na reforma
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou ontem que a votação da reforma da Previdência ficará para o ano que vem. Jucá, que também é presidente do partido de Temer, disse ainda que o Palácio do Planalto, em comum acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), decidiu deixar a apreciação do tema para janeiro ou fevereiro de 2018. Mas, ao que parece, faltou combinar isso com eles.
“Hoje será votado o Orçamento, com isso, não haverá quorum para votar a reforma da Previdência. Vamos aguardar até fevereiro para votar ou até convocar uma sessão extraordinária em 2018 se houver entendimento”, disse. “Mesmo que haja convocação extraordinária será em janeiro. Isso vai depender do mapeamento e presença dos parlamentares em Brasília. Pela lógica, a votação da Previdência fica para o ano que vem”, explicou Jucá.
Rodrigo Maia evitou dizer se Romero Jucá estava mentindo ao anunciar o adiamento. “O Jucá pode estar falando pelo governo”, respondeu, em rápida entrevista ao deixar o plenário da Casa. Ele disse ainda que deverá conversar hoje com Temer e Eunício para avaliar o cenário de votos.
Jucá anuncia adiamento de votação para 2018 e é desmentido
RELATÓRIO LIDO HOJE
Após as declarações do líder do governo, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República publicou uma nota para informar que o presidente ainda espera que hoje haja a leitura do relatório de Arthur Maia e que ainda vai ter conversas para definir a data da votação. “O presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta”, completa a nota.
Após as declarações de Jucá, auxiliares do presidente fizeram reuniões e decidiram pu-