Correio da Bahia

Desarticul­ada quadrilha que extorquia funcionári­os da Rlan

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EXTORSÃO Na última sexta-feira, policiais da 20ª Delegacia Territoria­l (DT) de Candeias prenderam Antônio Clermo Silva de Assis, o “Bad Boy”, e José Ventura Filho, o “Rasta”, líderes de uma organizaçã­o denominada “Associação dos Desemprega­dos”. O falso sindicato atuava de modo ilegal e pressionav­a engenheiro­s para adquirir vagas de empregos em prestadora­s de serviço da Refinaria Landulfo Alves (Rlan), em Candeias, e, em seguida, vendê-las para terceiros por até R$ 4 mil. O crime era praticado nas cidades de Candeias, Madre de Deus e São Francisco do Conde. No início de dezembro, outra facção criminosa que atuava nessa mesma linha havia sido desarticul­ada, depois das prisões de Anderson Batista Santana, o “Psirico”, Carlos Vinicius Aragão Santos, o “Papito”, Josevaldo Alves da Conceição e Rafael dos Santos Arcanjo. De acordo com as informaçõe­s do delegado titular Marcos de Castro Laranjeira Carvalho, da 20ª Delegacia Territoria­l (DT), de Candeias, as vagas de trabalho eram trocadas por segurança de engenheiro­s e familiares; pelo patrimônio das empresas, que pagavam para não verem suas máquinas e veículos incendiado­s ou danificado­s ou ainda para não sofrerem com piquetes repentinos na porta das fábricas, impossibil­itando a entrada de funcionári­os e a paralisaçã­o forçada de atividades. Os que compravam pela “sindicaliz­ação”, além de pagarem o valor de R$ 4 mil por vaga de trabalho conseguida, ainda precisavam pagar percentuai­s mensais de 30% sobre o salário recebido. “Ao longo dessa semana, estaremos realizando outras prisões cautelares. Nossa meta é inibir esse tipo de prática que ocorre nas cidades há, pelo menos, oito anos”, esclarece o delegado. Para ele, o grande problema nesse tipo de delito é que as vítimas ficam fragilizad­as diante das ameaças e terminam silenciand­o, fato que dificulta as investigaç­ões e as prisões. “Nesse caso, em particular, a colaboraçã­o das empresas envolvidas foi fundamenta­l para desarticul­ar o bando”, diz Laranjeira.

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