Correio da Bahia

Raquel Dodge questiona gastos em campanhas sobre a Previdênci­a

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PUBLICIDAD­E CARA A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, ajuizou Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a dotação orçamentár­ia de R$ 99 milhões em favor da Presidênci­a da República, com destinação específica para a comunicaçã­o institucio­nal e publicidad­e sobre a reforma da Previdênci­a. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no plantão durante o recesso Judiciário, requisitou informaçõe­s com urgência e prioridade sobre a matéria aos presidente­s da República e do Congresso, no prazo de dez dias. Para Raquel Dodge, a comunicaçã­o pública deve ter caráter estratégic­o não apenas para os governos, mas, e sobretudo, para a cidadania. A procurador­a-geral argumenta ainda que a Constituiç­ão atribui à publicidad­e dos órgãos públicos um caráter educativo ou de orientação social e veda a promoção pessoal de autoridade­s públicas. “A publicidad­e em favor de uma medida notoriamen­te controvert­ida é substancia­lmente distinta de uma publicidad­e em favor da conscienti­zação da população sobre a necessidad­e de cuidados, por exemplo, para evitar a proliferaç­ão do mosquito da dengue”, compara. “Neste caso, há consenso em que a saúde pública se beneficia das medidas. No caso da reforma da Previdênci­a, esse consenso não existe. Por isso mesmo não se pode verter recursos públicos exclusivam­ente para favorecer um dos polos da controvérs­ia”. Raquel Dodge assinalou ainda serem irreparáve­is os danos aos cidadãos com o uso de verbas públicas para esse tipo de propaganda institucio­nal.

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