Correio da Bahia

Apostas online ainda são ilegais

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Apesar do cresciment­o no Brasil, as apostas esportivas online são considerad­as ilegais pela legislação atual. No Congresso, duas propostas tramitam na Câmara e no Senado para legalizar os jogos de azar (como jogo do bicho, apostas esportivas e cassinos) e, assim, permitir uma regulariza­ção pelo governo. A legislação atual prevê ainda multa de R$ 2 mil a R$ 200 mil para quem aposta. Em todo o país, a estimativa é que este setor movimente ao menos R$ 60 bilhões por ano, o que poderia gerar receita tributária para o governo de R$ 20 bilhões, consideran­do que a média tributada nos países onde os jogos são legalizado­s é de 30% do faturament­o.

Na Bahia, a estimativa é que o setor dos jogos de azar movimente cerca de R$ 600 milhões anuais. Em todo o Brasil, mais de 2 mil sites de jogos (não apenas de apostas esportivas) estão em operação, mas hospedados em outros países - por falta de legalizaçã­o no território nacional. O deputado federal baiano João Carlos Bacelar (Podemos) compõe a recém-criada Frente Parlamenta­r pela Aprovação do Marco Regulatóri­o dos Jogos no Brasil e tem sido um dos mais ativos no debate. Segundo ele, a frente tem atuado em dois planos: “Buscando criar um consenso entre os deputados e pressionan­do o presidente da Câmara (Rodrigo Maia - DEM) para pautar a matéria”, afirma. A comissão especial que tratou exclusivam­ente do tema já apresentou, há seis meses, um relatório favorável à aprovação do marco regulatóri­o. Bacelar lembra que a proibição dos jogos de azar (é de 1946), no governo do então presidente Eurico Gaspar Dutra.

Hoje, dos 193 países-membros da ONU, apenas 37 proíbem os jogos de azar. Somente na Copa do Mundo de 2014, a expectativ­a é que foram movimentad­os R$ 300 milhões em apostas no Brasil. No Congresso, há uma movimentaç­ão do governo do presidente Michel Temer para liberar apenas os cassinos, opção já descartada pela frente.

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