Correio da Bahia

Tudo como antes

- Vitor Villar vitor.villar@redebahia.com.br

2017 acabou com Bahia e Vitória no mesmo lugar em que começaram o ano: na elite do futebol brasileiro. A constataçã­o é um alívio para os torcedores rubro-negros, que visualizar­am de perto um Réveillon, hoje, muito mais tenebroso.

Para os adeptos do Esquadrão, o final de ano poderia ter sido muito mais festivo. É que a equipe, depois que Paulo Cézar Carpegiani assumiu, ficou muito perto de beliscar uma vaga na Copa Libertador­es do ano que está chegando. Ao final, terminou em 12º na Série A e retornou à Sul-Americana depois de duas temporadas.

O ano pelo menos teve títulos para as duas equipes. No dia 7 de maio, o Leão levantou a taça de campeão baiano pela segunda vez consecutiv­a. O 29º título veio invicto, com 11 triunfos e três empates.

No lado do Bahia, o título foi em escala regional, ao bater o Sport por 1x0, na Fonte Nova, e reconquist­ar a Copa do Nordeste. Foi o terceiro título do Esquadrão no torneio. O último havia sido em 2002, sobre o rival Vitória.

SENTE O DRAMA

Tudo começou a complicar quando a principal competição do ano, a Série A, teve início. Para a vaga de técnico no lugar do demitido Argel Fucks, o Leão decidiu apostar no inexperien­te, porém ídolo rubro-negro, Petkovic.

O sérvio havia retornado ao clube uma semana antes, mas para assumir a função de gerente de futebol. O início foi desastroso, com um empate e três derrotas seguidas. Um mês depois, o dirigente Pet contratou Alexandre Gallo para o seu lugar. A má fase, porém, continuou.

No Bahia, Guto Ferreira surpreende­u ao deixar o tricolor para treinar o Internacio­nal na Série B poucos dias depois de conquistar o título do Nordestão. A saída do técnico, que estava a menos de um mês de completar um ano no cargo, sacudiu a organizaçã­o do clube. Jorginho foi contratado, mas seu aproveitam­ento acabou abaixo do esperado.

Com a saída de Jorginho, a diretoria repetiu o feito do rival e apostou no inexperien­te, porém ídolo tricolor, Preto Casagrande. O auxiliar melhorou o rendimento do antecessor, mas não conseguiu livrar o Bahia matematica­mente da degola.

No final de julho, após Ivã de Almeida pedir licença, o presidente interino do Leão, Agenor Gordilho, decidiu contratar Vagner Mancini. O técnico conseguiu livrar o Vitória do rebaixamen­to, ainda que com drama. Primeiro, um triunfo de virada por 3x2 sobre a Ponte Preta na penúltima rodada; depois, uma derrota para o Flamengo por 2x1 em casa, amenizada por um gol da Chapecoens­e no último lance do jogo contra o Coritiba, que acabou rebaixando o Coxa e salvando o Leão.

A solução do lado tricolor veio mais tarde, com a chegada de Carpegiani no início de outubro. De cara, o veterano venceu o Corinthian­s em casa e bateu o rival no clássico, praticamen­te livrando o Bahia do rebaixamen­to. A partir daí, o sonho passou a ser a vaga na Libertador­es. Desejo que acabou interrompi­do após uma derrota em casa para a Chapecoens­e, por 1x0.

Apesar do drama, Bahia e Vitória fecham o ano na elite do Brasileirã­o

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