MPF pede 386 anos para Cunha e 78 anos para Henrique Alves
Nas alegações finais no âmbito da ação penal derivada da Operação Sépsis, que investiga desvios no fundo de investimentos do FI-FGTS, administrado pela Caixa, o Ministério Público Federal (MPF) pediu ontem à Justiça que os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) sejam condenados, respectivamente, a 386 anos e 78 anos de prisão.
Além dos dois ex-parlamentares, que já estão presos, são réus no processo o ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto, o corretor Lúcio Bolonha Funaro e seu funcionário Alexandre Margotto. Os três assinaram acordos de delação premiada e, portanto, os procuradores sugerem o cumprimento das penas estipuladas nas negociações de colaboração.
As alegações finais são a última etapa do processo antes de uma sentença. Esse caso tramita na 10ª Vara Federal em Brasília sob titularidade do juiz Vallisney de Souza Oliveira.
Ainda por conta dos supostos prejuízos causados pela corrupção, os procuradores pedem uma multa de R$ 13,7 milhões para Cunha e R$ 3,2 milhões para Alves.
Na peça, o MPF explica que os crimes imputados a eles são referentes apenas ao caso envolvendo a empresa Carioca Engenharia. O caso representa apenas 4% da propina recebida por Cleto enquanto vice-presidente de
O ex-deputado e ex-presidente da Câmara Federal dessa vez responde por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, prevaricação e evasão de divisas. Fundos de Governo e Loterias da Caixa.
A operação Sépsis foi deflagrada pela Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República em julho de 2015.
O criminalista Délio Lins e Silva Júnior, defensor de Eduardo Cunha, disse que “a defesa demonstrará em suas alegações finais que a acusação é frágil e tem certeza da absolvição”.
O também ex-deputado federal por 11 mandatos consecutivos e ex-ministro do Turismo responde nesse processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.