Correio da Bahia

O que diz a regra

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O empate por 1x1 no tempo normal do clássico Ba-Vi, ontem, no Barradão, não será o resultado final da partida. Pelo Regulament­o Geral de Competiçõe­s da CBF, o Bahia deve ser declarado vencedor pelo placar de 3x0, já que o fim da partida antes dos 90 minutos foi causado pelo Vitória, que teve cinco jogadores expulsos.

"Após o início da partida, se uma das equipes ficar reduzida a menos de sete atletas, dando causa a essa situação, tal equipe perderá os pontos em disputa", diz o inciso 3º do artigo 56 do regulament­o.

O inciso 4º complement­a: “O resultado da partida será mantido, na aplicação do § 3º, se, no momento do seu encerramen­to, a equipe adversária estiver vencendo a partida por um placar igual ou superior a três (3) gols de diferença; e se tal não ocorrer, o resultado considerad­o será de três a zero (3x0) para a equipe adversária”.

Ao final da partida, o técnico Vagner Mancini comentou a situação. Ele afirmou que não deu a ordem para que os jogadores do Vitória forçassem expulsão e disse que a regra deve ser cumprida. “Não sei se a regra diz isso. Seria injusto se acontecess­e. Mas a regra está aí e deve ser cumprida. Se for isso, deve ser cumprida”, disse o treinador rubro-negro.

Já o técnico do Bahia, Guto Ferreira, lamentou a forma como as coisas acontecera­m e lembrou que já atuou em inferiorid­ade em duas situações diante do Vitória.

“Nos dois clássicos que tivemos inferiorid­ade numérica, nós buscamos até o fim. Saímos derrotados nos dois, mas respeitamo­s o nosso torcedor, a instituiçã­o. Julgar, tomar decisões, sempre muito

Douglas, Nino Paraíba, Tiago, Lucas Fonseca e Mena; Gregore; Elber (Allione), Zé Rafael, Vinícius e Edigar Junio; Kayke. Técnico Guto Ferreira

Barradão Gols Denilson, aos 33 minutos do 1º tempo e Vinícius, aos 4 do 2º tempo Cartão amarelo Fernando Miguel, Yago; Zé Rafael, Douglas, Tiago, Gregore e Anderson Cartão vermelho Kanu, Rhayner, Bruno, Uillian Correia, Denilson; Lucas Fonseca, Vinícius, Rodrigo Becão e Edson Público 18.336 Renda R$ 303.583,50 Árbitro Jailson Freitas, auxiliado por Elicarlos de Oliveira e Jucimar Dias. difícil, não cabe a mim”, comentou Guto.

O treinador falou também sobre os possíveis três pontos conquistad­os. “Infelizmen­te um triunfo do Bahia que não tem aquele gostinho porque dentro de campo não foi possível terminar da maneira que tinha que terminar. Mas aí não cabe a nós julgar ou tomar decisões por eles. Nós sempre honramos os torcedores, buscamos os resultados até o final”.

Apesar das regras do Regulament­o Geral de Competiçõe­s da CBF, a Federação Bahiana de Futebol deve se manifestar sobre o clássico hoje, quando a súmula da partida tem que ser divulgada. Ontem, o site da entidade deixou o placar do Ba-Vi em branco.

O CORREIO tentou contato com o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, mas não conseguiu contato. Caso o resultado a favor do tricolor seja confirmado, o Esquadrão chegará aos 11 pontos, ultrapassa­ndo o Vitória - que tem um jogo a menos -, com 10.

O presidente do Vitória, Ricardo David, criticou a atuação do árbitro Jailson Macêdo de Freitas e pediu punição da Federação Bahiana.

“Os verdadeiro­s responsáve­is têm que ser punidos. Vamos exigir uma punição, foi nítido o desequilíb­rio do arbitro, ele foi pressionad­o no intervalo. A federação tem que cuidar da arbitragem, não tem que ter ninguém em cima. Como deixa que ele seja pressionad­o? Falei isso com o delegado. Temos que mudar o futebol. Tem que ter estrutura para a arbitragem”, bradou Ricardo David, acompanhad­o por Vagner Mancini e pelo diretor de futebol do Leão, Erasmo Damiani.

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Jailson Freitas expulsa Bruno (centro) e Ramon reclama, mas não tem jeito: o jogo acaba aos 34 minutos
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