Instituições oferecem outros tipos de financiamento
As universidades particulares oferecem outros tipos de financiamento para aqueles que não se encaixam nos pré-requisitos do Fies.
A Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) oferece o CredFTC, que permite que o aluno pague o curso com 50% do valor da mensalidade. O curso é pago em prazo duas vezes maior e sem juros. Para não haver sobreposição, a primeira parcela de cada semestre é cobrada após o vencimento da última do semestre anterior.
A Unime oferece o Parcelamento Estudantil Privado (PEP), em que o aluno pode parcelar até 70% do curso. O benefício não pode ser acumulado com outros, como Fies e Prouni, por exemplo. A contratação do PEP é feita diretamente na instituição.
A Universidade Salvador (Unifacs) disponibiliza o crédito estudantil Pravaler aos alunos. Com ele, o estudante paga 50% da mensalidade enquanto estuda e o restante depois de formado.
Os regulamentos dos financiamentos podem ser conferidos nos sites das instituições, ou diretamente no local. O CORREIO entrou em contato com a Unijorge, mas a universidade não respondeu até o fechamento.
Além da preocupação com o pagamento do curso, há ainda outros aspectos que devem ser levados em conta, como a qualidade de ensino, se a instituição é acessível e se há segurança na hora de voltar para casa.
De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Bahia (ABRH), Margô Azevedo, para acertar nas decisões, antes mesmo de se matricular na instituição, o estudante precisa fazer um levantamento sobre ela. “A pessoa vai pesquisar a relevância daquela instituição para a área que ela escolher”, afirma.
Uma maneira de realizar essa pesquisa é conversar com pessoas que já passaram pela instituição, além de analisar a nota da faculdade no Ministério da Educação. “Buscar uma instituição reconhecida pelo MEC é o primeiro critério do estudante. Quem quer o melhor tem que buscar melhor”, diz a vice-presidente.
Um outro aspecto a ser analisado são os custos. Segundo Margô, o aluno precisa saber se vai ter como arcar com as despesas da faculdade, que, por vezes, vai além da matrícula. “Há os custos com alimentação, transporte, locomoção e segurança. O estudante precisa saber se vai ter como se manter”, alerta ela.