Sequestrador tinha 18 identidades falsas
A Polícia Civil apresentou, na manhã de ontem, quatro homens envolvidos no sequestro do empresário e ex-prefeito de Valença Ramiro José Campêlo de Queiroz. Entre os suspeitos, um deles, André Luís Maciel Santos (de camisa branca na foto), que teria tomado conta dos dois cativeiros onde o empresário foi mantido, admitiu possuir 18 identidades falsas e já cumpriu oito anos de cadeia em Salvador.
O grupo foi preso na Quarta-Feira de Cinzas (14) e é acusado pela polícia de participar do sequestro de Ramiro, ocorrido em janeiro deste ano. Ramiro, que também é fundador das lojas Guaibim, é conhecido na cidade por andar sem seguranças ou guarda-costas. Ele ficou 25 dias em cativeiro.
André Luís Maciel Santos contou que foi até Caçapava, cidade do interior de São Paulo onde o grupo foi preso, participar de um leilão de carros.
“Um amigo me chamou para acompanhar ele no leilão e como eu sei que ele participa sempre desses eventos, acompanhei. Não sabia do que estava acontecendo”, contou o homem de muitos nomes.
André é natural de Minas Gerais, mas morou em diversos estados do país. Salvador é uma velha conhecida, já que ele passou oito anos por aqui na Penitenciária Lemos Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Ele contou que foi condenado por receptação de produtos roubados e outros agravantes, mas não deu detalhes sobre os crimes cometidos.
Depois que deixou a cadeia, em 2015, André foi morar em São José dos Campos (SP), até que no ano passado mudou-se para o interior da Bahia. Segundo ele, o motivo da mudança foi o amor. “Conheci uma mulher, a gente se envolveu e fomos morar juntos”, disse. O endereço do casal ficava na praia de Guaibim, em Valença.
Segundo a Polícia Civil, André passará por exame de identificação criminal, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), pois já foi preso com 18 identidades diferentes e é preciso confirmar o nome dado por ele desta vez.