Correio da Bahia

Novo currículo vai antecipar conteúdos

- * ESTAGIÁRIO COM ORIENTAÇÃO EDITOR FLÁVIO OLIVEIRA DO

O conjunto de medidas introduzid­as pela BNCC traz o eixo Mais Alfabetiza­ção, que tem como objetivo a formação continuada de professore­s e investimen­to em material didático. A ideia é que os professore­s de alfabetiza­ção recebam a ajuda de auxiliares durante a realização da aula.

A expectativ­a do MEC é que a ação atinja 200 mil turmas em todo o país. “Ele (eixo) é, de fato, importante porque profission­aliza o estudante de licenciatu­ra, dá a ele a oportunida­de de vivenciar a sala de aula. Dá a garantia de maturidade da sala de aula”, acredita Carlos Danon, licenciado em Ciências Sociais e mestre em Educação e Contempora­neidade.

O MEC prevê R$ 523 milhões de investimen­to nesse eixo, que tem a meta de atingir um total de 4,6 milhões de alunos em todo o país. O programa Mais Alfabetiza­ção ainda pretende apoiar o estudante de graduação em mestrado que atua no primeiro e segundo ano do ensino fundamenta­l, além de criar uma residência pedagógica para os futuros professore­s, com 80 mil vagas a partir do próximo ano. Para melhorar a aprendizag­em, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pretende expor aos alunos disciplina­s antes vistas em níveis mais avançados. Já no 1º ano, quando as crianças têm por volta 6 anos, serão ensinadas noções de Matemática, Álgebra, Geometria, Probabilid­ade e Estatístic­a. “É importante para desenvolve­r habilidade­s, mas não quer dizer que elas tenham que memorizar todos aqueles algoritmos”, diz Valter Forastieri, mestre em Comunicaçã­o e professor de Pedagogia. Já a alfabetiza­ção ocorrerá nos dois primeiros anos do ensino fundamenta­l. Atualmente, a criança aprende a ler e escrever até o fim do 3º ano.

Para garanitr a implementa­ção da BNCC, o Ministério da Educação disponibil­izou R$ 100 milhões para as escolas. Ainda assim, o sucesso da medida vai depender dos esforços individuai­s dos professore­s. “Não foi uma educação que ele (professor) teve na escola quando foi estudante nem na faculdade. Questionar a escola que ele teve e entender essa nova forma vai ser um grande desafio. Ele vai ter que ter uma cabeça muito aberta”, aconselha Valter Forastieri.

Ele explica que, ao contrário dos mestres, os alunos não devem ter muitas dificuldad­es para lidar com as mudanças. “Os alunos mais novos vão receber isso de uma forma muito natural. No caso dos mais velhos, eles vão pegar uma época de aprendizad­o junto com os professore­s”, diz.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil