Correio da Bahia

Síndrome pode ser detectada na gestação

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O diagnóstic­o da Síndrome de Down, normalment­e, ocorre após o nascimento. De acordo com a diretora médica geneticist­a da Apae, Helena Pimentel, as próprias caracterís­ticas físicas são um dos sinais. “Podem ter másformaçõ­es associadas, mas não é obrigatóri­o. Eles têm um atraso, do ponto de vista neuropsico­motor, que se caracteriz­a por uma hipotonia (redução do tônus muscular)”. No entanto, há exames que podem identifica­r a síndrome ainda na gravidez.

Um deles é a aminiocent­ese, que é a análise do líquido amniótico, que é um procedimen­to invasivo realizado a partir da 15ª semana. Nos últimos anos, contudo, um dos exames oferecidos é o chamado teste pré-natal não invasivo (NIPT, na sigla em inglês), que pode ser feito a partir da 10ª semana, de acordo com a gestora técnica e administra­tiva do Laboratóri­o Sabin, Tatiana Ferraz.

“O exame é feito a partir de uma amostra de sangue normal em que não é necessário jejum. Para que ele seja realizado, é preciso de um pedido médico, porque a própria cliente vai ter que responder a um questionár­io com dados”, explica Tatiana.

A partir da 10ª semana de gestação, a amostra de sangue da mãe já tem DNA do bebê. Assim, o exame analisa alguns cromossomo­s e pode, inclusive, detectar outras síndromes, como a de Edwards (trissomia do 18) e de Patau (trissomia do 13).

“Esse é um exame relativame­nte novo que vem sendo utilizado com frequência. O percentual de sucesso é de 99%, então o resultado negativo do teste não elimina a possibilid­ade dessas alterações genéticas. Existe uma pequena possibilid­ade de falsos negativos”, diz.

Mesmo assim, ela defende o diagnóstic­o precoce. “Isso é muito importante, porque normalment­e os portadores de Síndrome de Down tendem a ser vulnerávei­s a outros tipos de anomalias”.

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