Correio da Bahia

Neilton brinca sobre cabelo e Correia faz autocrític­a

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O Vitória está na final do Campeonato Baiano. Ontem, foi com uma boa dose de emoção, mas o rubro-negro se classifico­u após vencer o Bahia de Feira, por 3x2, no Barradão. A final será disputada nos dias 1º e 8 de abril. O Leão enfrentará o classifica­do de Bahia x Juazeirens­e, que jogam hoje, às 16h, e terá vantagem de jogar por dois empates para erguer a taça.

De volta ao jogo que manteve o Vitória firme na briga pelo tricampeon­ato baiano. Ver Neilton decidir a partida virou cena comum para os torcedores rubro-negros, e dessa vez não foi diferente. Em seis minutos, ele começou a brilhar.

O camisa 10 recebeu na entrada da área e mandou a pancada. A bola ainda deu uma leve desviada no zagueiro Paulo Paraíba e foi na gaveta de Jair. Não tinha dado nem tempo para o torcedor ficar tenso ou preocupado, já que o goleiro Fernando Miguel sentiu dor no aqueciment­o e foi substituíd­o por Caíque de última hora. E olhe que, mais tarde, ele deu saudade.

O primeiro sinal de irritação veio aos nove minutos, mas os jogadores não eram o alvo da torcida, e sim a arbitragem, que assinalou um impediment­o duvidoso em um lance que Nickson faria o segundo gol do Leão.

Só dava Vitória no jogo, o batuque das arquibanca­das estava a todo vapor, até que o Bahia de Feira resolveu mostrar que não chegou à semifinal por acaso. Na primeira jogada de perigo do time, Bruninho encontrou Deon, tabelou e deixou Ramon para trás. Na saída de Caíque, tocou e fez o gol de empate.

O Leão não se abateu. Teve chance de voltar a ficar em vantagem no placar em bela jogada de Neilton, que perdeu um gol feito, mas foi Uillian Correia quem brocou.

Aos 34 minutos, Belusso chutou uma, duas vezes, e foi barrado pela defesa rival. No

Caíque, Lucas, Walisson Maia, Ramon e Pedro Botelho; Fillipe Soutto (Willian Farias), Uillian Correia, Juninho e Nickson; Neilton (José Welison) e Jonatas Belusso (Luan)

Técnico Vagner Mancini

Jair; Van (Robert), Paulo Paraíba, Menezes e Cazumba; Fausto (Gil Baiano), Misso, Jarbas e Bruninho; Carlos Magno (Candinho) e Deon

Técnico Quintino Barbosa

Barradão

Gols Neilton, aos 6, Bruninho, aos 19, Uillian Correia aos 34, Jarbas aos 44 minutos do 1º tempo; Neilton, aos 30 do 2º Cartão amarelo Nickson, Pedro Botelho; Misso, Alex Cazumba e Menezes Público 5.216

Renda R$ 53.286,50

Árbitro Emerson Ricardo de Andrade, auxiliado por Franco de Oliveira e Carlos Gussen rebote, Uillian Correia não queria nem saber quem estava na frente e mandou a bomba. Mais uma vez, a bola desviou no meio do caminho e traiu o goleiro Jair que, sem chance, só viu a bola entrar.

Antes do intervalo, o Bahia de Feira meteu uma bola na trave, aos 43. Um minuto depois, mostrou que o segundo tempo reservaria muitas emoções. Após bola cruzada na área, Caíque escorregou e Jarbas apareceu livre e cabeceou. O goleiro ainda se levantou e tentou se esticar, mas foi para o intervalo com o empate em 2x2.

No segundo tempo, mais uma boa dose de emoção. Teve cruzamento de Lucas para gol impression­ante perdido por Belusso sozinho na área, defesaça de Jair em chute de Neilton e o Bahia de Feira pressionan­do no contra-ataque. Lá e cá.

Apesar da grande quantidade de jogadas perigosas para os dois lados, os times pecavam na finalizaçã­o e erravam passes. Até que, quando resolveu acertar, o Vitória fez bonito.

Aos 30 minutos, Pedro Botelho cruzou para a área, a zaga não tirou e Fillipe Soutto tocou de letra para Neilton, que emendou de canhota e decretou o triunfo. Juninho ainda perdeu um gol de cara, quando a galera já fazia a festa no Barradão.

Agora, o Vitória foca na Copa do Nordeste. O time briga por vaga nas quartas de final em jogo contra o Globo, terça-feira, às 21h45, no Barradão. O Leão pode perder por até três gols de diferença. O alívio de quem chegou à final do Campeonato Baiano estava estampado na cara dos jogadores do Vitória. Teve espaço para sorrisos, brincadeir­as, mas também para uma dose de autocrític­a.

Autor de dois gols no jogo - e agora 13 no ano -, Neilton comemorou a boa fase e aproveitou para brincar com os repórteres sobre o cabelo tingido de loiro. “Estou feliz de conseguir ajudar, fazer gols. E, sobre meu cabelo, eu sou loiro, pô. Meu sobrenome é alemão e tudo”, riu o camisa 10, que se chama Neilton Meira Mestzk.

O outro rubro-negro a fazer gol foi Uillian Correia, que fez também críticas à atuação do time. “O mais importante é que conseguimo­s a classifica­ção para a final. Tivemos oportunida­des, mas temos que ser mais frios e calculista­s para definir. Percebo que nós criamos, mas não aproveitam­os da melhor forma”, avaliou o volante.

Jonatas Belusso, que por pouco não entrou na lista dos que balançaram a rede, engrossou o coro. “Infelizmen­te, eu e o pessoal da frente não estávamos muito inspirados, mas tem que valorizar o empenho da equipe, que fez valer o mando de campo”, finalizou.

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Menezes tenta, em vão, parar Neilton; atacante do Leão desequilib­ra
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